Na cerimónia do 25.º aniversário do Mercado Abastecedor da Região de Coimbra (MAC), Maria do Céu Albuquerque, ministra da agricultura, afirmou que perante a pandemia que abala o mundo, o sector mostrou ter “uma resiliência muito importante”.
“Quando olhamos para estes quatro meses, não faltaram alimentos. Aliás, houve o inverso, um excesso de oferta em relação à procura”, que explica ter sido motivado pela “mudança de hábitos dos portugueses”.
Apesar de se ter observado uma quebra na exportação de bens da economia portuguesa, de em média 40%, o complexo agro-alimentar “continuou a crescer”, explica a ministra, demonstrando-o através dos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), que em Abril apresentavam um aumento de 1,6% nas exportações deste sector, comparativamente com o período homólogo. “Isso dá-nos motivação acrescida”, comenta ainda Maria do Céu Albuquerque.
A ministra e o conselho de administração do MAC também defenderam a importância de se continuar a promover a produção nacional, tendo este último apelado “para o consumo de produtos locais e para a aquisição de produtos juntos do comércio tradicional”.
Nelson Lopes, administrador executivo do MAC, avançou ainda durante a cerimónia que pretende “modernizar os pavilhões de hortofrutícolas” do Mercado Abastecedor da Região de Coimbra, bem como construir um novo interposto “para aumentar a capacidade do centro logístico”.
Para além disso, explica que “desde a primeira hora, implementámos no MAC um plano de contingência que, além de várias acções de sensibilização junto dos utilizadores, definimos uma sala de isolamento, vários procedimentos internos e reforçámos a higienização diária dos espaços comuns”, tendo ainda recomendado uma maior utilização da central de lavagem de embalagens como forma de prevenir o contágio da pandemia.
Nelson Lopes comenta que “no que diz respeito à cadeia alimentar, verificamos que está a funcionar com normalidade”, mas que apesar de se encontrarem num bom caminho, “caso esta situação de saúde pública se mantenha durante muito tempo, receamos que possa existir alguma dificuldade na importação de frutas tropicais e alguma perturbação na produção nacional, provocada essencialmente por alguma falta de mão-de-obra no sector agrícola”.