Nos últimos meses o mundo mudou e as necessidades de transporte para determinados produtos disparou, tal como mostram os números revelados por José António Reis, director-geral da DHL Express Portugal, em entrevista ao Expresso: “o transporte de luvas descartáveis compradas online disparou 670%, enquanto nas malas dos turistas a quebra foi de 77%”.

Apesar da quebra sentida em vários sectores, o responsável da empresa explica que em comparação ao período homólogo continuam a crescer, prevendo um aumento de 11% nos negócios no país este ano. Apesar da dificuldade sentida no início do ano, o primeiro trimestre aumentou 8%, e destaca que a empresa se manteve a trabalhar “praticamente a 100% e sem interrupções de serviço” durante o confinamento.

José António Reis explica que o e-commerce teve um impacto positivo e que tanto as pessoas como as empresas passaram a comprar mais online. No Grupo DHL o comércio electrónico teve um aumento de 45% e comenta que Portugal está a seguir essa tendência devido ao confinamento.

Esse aumento levou a empresa a investir mais 40 milhões de euros num novo terminal de carga no aeroporto da Portela, onde pretende quadruplicar a capacidade assim que possível. O projecto apontava para que estivesse pronto em 2021, no entanto “devido à necessidade de criação de novas acessibilidades que impactam com o terreno da empresa“, este encontra-se com um atraso de um ano.

Para além destes 40 milhões somam-se ainda outros 10 para a ampliação de espaço no Aeroporto Sá Carneiro e a abertura de três lojas próprias em Lisboa, Porto e Braga, para venda de produtos e serviços, bem como divulgação da marca.

No plano de investimentos de dois mil milhões de euros do Grupo DHL para a área digital até 2025, Portugal aparece como um dos dois países pioneiros na introdução de uma tecnologia pioneira que engloba leitura óptica de documentos e produção de informação nos sistemas via Smart OCR e preencher automaticamente documentos alfandegários.