A Associação Nacional da Indústria de Moldes (Cefamol) revela no seu relatório anual que a produção e exportações da indústria portuguesa de moldes registaram o quarto melhor ano de sempre em 2019. De acordo com o documento, em 2019 a produção atingiu um valor de 682 milhões de euros, com exportações para 84 países no valor de 614 milhões.
A balança comercial revelou também uma tendência de crescimento, sendo que em 2010 se encontrava nos 248 milhões de euros, e em 2019 nos 443 milhões. Apesar do balanço positivo, os números identificam uma quebra no sector, sendo que a produção se encontra equivalente à de 2015, e as exportações abaixo das registadas em 2016.
No entanto, 2020 não se esperam melhorias, pois a pandemia de Covid-19 levou a mudanças na organização das empresas, e a indústria dos moldes já sente a paragem da indústria automóvel, segundo revelou Manuel Oliveira, secretário-geral da Cefamol, à Lusa.
“Não se perspectivam no curto prazo novas encomendas, como seria normal acontecer”, comenta o responsável da associação, acrescentando que essa tendência já se começava a verificar há algum tempo: “no último ano e meio já vínhamos a sentir que a indústria automóvel está, progressivamente, a diminuir o lançamento de novos projectos”.
O responsável também comenta que “temos de esperar a resolução da questão sanitária, aguardar para ver como a situação vai evoluir e perceber se os projectos que foram cancelados ou suspensos podem ser reactivados num curto espaço de tempo, para que seja possível voltar à produção normal”, pelo que o futuro dos mercados é incerto neste momento.