O comércio electrónico tem vindo revolucionar aquele que é o negócio de entregas de encomendas, e os CTT – Correios de Portugal têm conseguido acompanhar esta evolução.

Em declarações ao Jornal Económico, Alberto Pimenta, Director de E-commerce dos CTT, afirma que “as encomendas e pacotes postais online do segmento B2C representam mais de 20% do volume total da unidade de negócio Expresso & Encomendas dos CTT”.

A nível da Península Ibérica, o segmento B2C tem vindo a registar um crescimento anual acima dos dois dígitos, nos últimos anos, como refere Alberto Pimenta. Em 2018, as encomendas via e-commerce aumentaram em 25% em Portugal e Espanha.

Temos assistido a grandes alterações nos modelos de entrega, falando-se principalmente em drones ou plataformas como a Glovo e Uber, mas os CTT têm vindo a apostar fortemente em soluções inovadoras, onde apresentam respostas ao desafio da ‘last mile’.

Além da plataforma digital de entregas em menos de duas horas em Lisboa, o CTT Now, o mesmo responsável salienta a conveniência do serviço CTT24H, através do qual o cliente escolhe um cacifo automático para receber a sua encomenda entre 12 localizações na capital.

Outro dos projectos levado a cabo pela empresa é o Dott, em parceria com a Sonae, assumindo-se como um espaço de Marketplace e reforçando a aposta no sector do comércio electrónico por parte deste operador.

Assim, os CTT dão resposta ao principal desafio que o e-commerce tem gerado nos operadores logísticos “inquestionavelmente ligado às entregas fixas das compras realizadas”, explica Alberto Pimenta. “É neste contexto que a logística, em toda a sua cadeia de valor, incluindo as entregas na ‘last mile’, tende a constituir-se como umas das funções mais relevantes e diferenciadoras na relação entre retalhistas e consumidores”, reforçou.

Entre este ano e 2020, os CTT irão investir 40 milhões de euros ao abrigo do Plano de Modernização e Investimento, sobre o qual o Director de E-commerce frisou a sua importância “este investimento visa reforçar a automatização da separação do correio, melhorar as condições de trabalho, reforçar a qualidade e modernizar a infra-estrutura da rede de distribuição, adaptando-se à nova realidade do correio e ao crescimento do comércio electrónico”.