A Câmara Municipal da Guarda assinou na passada segunda-feira um acordo com a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa (CCILC), tendo em vista a procura de investimento chinês para o concelho. O protocolo foi assinado por Álvaro Amaro, Presidente do município, e Sérgio Martins Alves, secretário-geral da CCILC, tendo em vista “as condições subjacentes à consecução de um contexto favorável à dinamização económica e à atração do investimento para a Guarda”.

Segundo o Presidente do município, o que pretendem não é deixar de procurar investimentos estrangeiros, e sim continuar, mas tendo agora uma maior visibilidade para os mercados externos. “Nós não deixaremos de tocar a campainha, de bater à porta, quando for caso disso, mas também gostaríamos que nos batessem à porta, a pensar nestes territórios e neste potencial que representam estes territórios do interior, neste caso da Guarda”, conta o autarca à Lusa.

Sérgio Martins Alves tem esperança que este protocolo seja uma oportunidade de investimento e que sirva para “promover geminações com objectivos económicos concretos”. Através deste contrato a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa terá de “promover a divulgação de oportunidades de negócio e de investimento no âmbito da sua rede de associados”, bem como, em colaboração com a Câmara Municipal, de incitar “a dinamização de acções de cooperação nos domínios da economia e da dinamização empresarial”.

A dinamização de iniciativas direccionadas para empresas e investidores chineses “com vista à promoção das vantagens competitivas do concelho, do território e das suas empresas” é ainda um dos objectivos estabelecidos nesta parceria entre as entidades.

Por sua vez, a autarquia da Guarda tem como dever “partilhar informação sobre a caracterização do tecido económico do concelho com dados pertinentes para o processo de captação de investimento, incluindo temáticas relacionadas com a competitividade, inovação empresarial e internacionalização”, bem como promover “acções de cooperação nos domínios da economia e da inovação empresarial”.

Como vantagens para convencer a CCILC a assinar o acordo, Álvaro Amaro apontou como estratégias importantes a proximidade a três aeroportos internacionais (Lisboa, Porto e Madrid) e o eixo ferroviário, aproveitando-se da situação da Ferrovia 2020, apontando que nos próximos anos será “a grande plataforma ferroviária de ligação à Europa”.