A Linha de Vendas Novas, um dos principais corredores ferroviários de mercadorias do país, vai ser alvo de um investimento de 204 milhões de euros com vista à sua modernização. A primeira empreitada de obras, no valor de cerca de 120 milhões e um prazo de execução de 48 meses, foi consignada esta segunda-feira, 15 de dezembro.
Esta intervenção visa modernizar a infraestrutura ferroviária propriamente dita, mas também ampliar as estações, de modo a permitir o cruzamento de comboios com 750 metros de comprimento. O objetivo é potenciar as condições de exploração e reforçar a ligação ferroviária do Porto de Sines às plataformas logísticas nacionais e à Europa.
Assim, a empreitada agora consignada inclui a substituição da superestrutura de via, com utilização de travessas polivalentes de betão e carril 60 E1; o prolongamento e renovação das estações técnicas de Muge, Agolada, Salgueirinha, Lavre e Vidigal e renovação das restantes seis; e o tratamento de 17 quilómetros de plataforma. Envolve, ainda, a terraplanagem, drenagem e reperfilamento de taludes; a execução de 69 passagens hidráulicas; a intervenção em três pontões metálicos; o encerramento de seis passagens de nível e construção de quatro passagens superiores rodoviárias, com os respetivos restabelecimentos; e a automatização de nove passagens de nível; entre outros trabalhos.
A Linha de Vendas Novas desenvolve-se ao longo de 69 quilómetros, entre Setil, onde cruza a Linha do Norte, e Vendas Novas, onde entronca com a Linha do Alentejo, atravessando os concelhos do Cartaxo, Salvaterra de Magos, Coruche, Montijo, Montemor-o-Novo e Vendas Novas.
É exclusivamente percorrida por composições de mercadorias, assumindo-se como um dos principais eixos de transporte de carga no sentido Norte–Sul. Ao circular por este itinerário, os comboios de mercadorias evitam a passagem pela zona de Lisboa, que, de acordo com a Infraestruturas de Portugal (IP), apresenta duas restrições significativas: as limitações de carga na Ponte 25 de Abril e a saturação de capacidade sentida na Linha de Cintura e, sobretudo, na Linha do Norte.
Esta intervenção beneficia de apoios do Portugal 2030, com uma dotação de 108 milhões de euros.
O início da obra foi assinalado por uma cerimónia que reuniu o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, o presidente do Conselho de Administração da IP, Miguel Cruz, o presidente da Câmara Municipal de Vendas Novas, Ricardo Videira, e o vice-presidente da IP, Carlos Fernandes.




Com este investimento e visto que a linha não vai ficar saturada, porque não colocar também 2 ou 3 vezes um comboio de passageiros como já houve há uns anos atras. De Coruche e em vez de ficar em Setil seguia ate carregado ou castanheira e ai havia transbordo para Lisboa ou Sentido Porto.
Havia muita gente interessada nesta viagem de manha e a noite, mais ecológica e mais barata.
Vale a pena pensar nisso