A celebração dos 40 anos da GS1 Portugal fica marcada por um avanço global na segurança dos doentes: a leitura de códigos GS1 Data Matrix diretamente pela câmara do telemóvel, através do Google Lens, permitindo o acesso imediato a folhetos informativos eletrónicos (ePILs) e a informação fidedigna sobre medicamentos e dispositivos médicos.

A GS1 anunciou uma nova colaboração com a Google. A partir de agora, os códigos GS1 Data Matrix, já presentes em milhões de embalagens de medicamentos, podem ser lidos e reconhecidos pelo Google Lens, a ferramenta de pesquisa visual da tecnológica.

Graças a esta funcionalidade, doentes, cuidadores e profissionais de saúde podem usar o smartphone para aceder instantaneamente a dados validados pelos fabricantes, incluindo folhetos eletrónicos, informação regulatória e detalhes essenciais sobre o produto. Um passo decisivo para democratizar o acesso a informação de saúde credível, segura e atualizada.

“Trabalhamos há 40 anos para tornar as cadeias de valor mais eficientes e seguras. Hoje, com esta colaboração com a Google, damos um passo assinalável para levar essa segurança diretamente aos cidadãos, na utilização que fazem de medicamentos e dispositivos médicos. É a tecnologia ao serviço do que mais importa: a saúde e o bem-estar das pessoas”, afirma Paulo Gomes, Diretor-Geral da GS1 Portugal.

Dois anos de digitalização, 70 países, 16 mil milhões de embalagens

Ao longo das últimas duas décadas, o GS1 Data Matrix tornou-se a norma global para a identificação e rastreabilidade de medicamentos, contendo número de lote, data de validade e identificadores únicos exigidos por regulamentação em mais de 70 países. Estima-se que mais de 16 mil milhões de embalagens de medicamentos na União Europeia e nos EUA já utilizem este standard.

A parceria com a Google vem agora ampliar exponencialmente o acesso à informação. A leitura com o Google Lens já está disponível globalmente em dispositivos Android e deverá chegar ao universo iOS nos próximos meses.

Apesar da tecnologia estar operativa em todo o mundo, a profundidade da informação disponibilizada ao utilizador dependerá da adesão dos fabricantes. A GS1 está a colaborar com empresas farmacêuticas e de dispositivos médicos, em vários mercados, para garantir que os dados dos produtos são disponibilizados online de forma consistente, segura e interoperável.

A digitalização das bulas tem também um efeito ambiental significativo. Estudos internacionais indicam que, só nos Estados Unidos, os folhetos impressos são responsáveis pelo abate de cerca de 12 milhões de árvores por ano e por emissões equivalentes às de 800 mil automóveis. A transição para o acesso digital permite reduzir esta pegada ambiental de forma expressiva.

Para Glen Hodgson, Vice-Presidente para o setor da saúde da GS1 Global:

“Ler um código GS1 Data Matrix diretamente com a câmara do telemóvel é um avanço para os sistemas de saúde. Os mesmos standards que garantem rastreabilidade passam agora a colocar informação vital nas mãos de quem mais precisa.”

A iniciativa reflete o compromisso da GS1 com standards abertos e interoperáveis e com a democratização do acesso a dados de saúde fiáveis. A missão é clara: unir os mundos físico e digital para tornar os cuidados de saúde mais seguros, acessíveis e eficientes para todos.