A procura global por carga aérea cresceu 2,9% em setembro de 2025, segundo a IATA. É o sétimo mês consecutivo de aumento, impulsionado pelas rotas intra-asiáticas e Europa/Ásia, apesar da queda no tráfego Ásia–América do Norte e do aumento dos custos de combustível.
A procura global por transporte aéreo de carga aumentou 2,9% em setembro de 2025, face ao mesmo mês do ano anterior, segundo dados divulgados pela IATA – Associação Internacional de Transporte Aéreo. Este foi o sétimo mês consecutivo de crescimento, impulsionado sobretudo pelas rotas intra-asiáticas e entre a Ásia e a Europa, que compensaram a queda no tráfego Ásia-América do Norte.
“Por trás deste crescimento há uma alteração significativa nos padrões de comércio, à medida que as políticas tarifárias dos EUA — incluindo o fim das isenções de minimis — entram em vigor”, explicou Willie Walsh, diretor-geral da IATA. “Apesar dos receios de retração no comércio global, o setor de carga aérea está a adaptar-se com sucesso para servir novas dinâmicas de mercado.”
Em termos globais, a capacidade disponível (ACTK) aumentou 3,0% em relação a setembro de 2024, acompanhando a evolução da procura.
Desempenho por regiões
- África registou o maior crescimento, com +14,7% em toneladas-quilómetro (CTK);
 - Ásia-Pacífico cresceu 6,8%, com forte dinâmica intra-regional;
 - Europa avançou 2,5%, apoiada pelas ligações com a Ásia;
 - Médio Oriente teve aumento modesto de 0,6%;
 - América do Norte recuou 1,2%, refletindo os efeitos das tarifas comerciais;
 - América Latina caiu 2,2%, registando o pior desempenho regional.
 
Tendências nas principais rotas
As rotas Europa/Ásia (+12,4%), dentro da Ásia (+10%) e África/Ásia (+9,6%) lideraram o crescimento, enquanto Ásia/América do Norte (-3,5%) e Médio Oriente/Europa (-4,6%) registaram quedas.
O comércio global de bens cresceu 7% em agosto, e o índice PMI industrial global subiu para 51,3, sinalizando recuperação na produção. Contudo, os preços do combustível de aviação aumentaram 5,4%, pressionados pela escassez no mercado de gasóleo.
Com este desempenho, a IATA reforça a visão de que o setor de carga aérea mantém resiliência, ajustando-se às novas realidades do comércio internacional e às flutuações energéticas.
					
												


