A McCormick elevou para 140 milhões de dólares o impacto das tarifas em 2025 e está a reforçar o sourcing alternativo e a eficiência produtiva para mitigar custos e manter competitividade global.

A McCormick & Co., gigante norte-americana de condimentos, reviu em alta o impacto das tarifas sobre a sua operação em 2025, passando dos 90 para cerca de 140 milhões de dólares, segundo o diretor financeiro, Marcos Gabriel. O aumento deve-se à combinação entre tarifas já existentes e novas taxas introduzidas em agosto, que representam, segundo a companhia, dois terços da fatura do terceiro trimestre.

Perante este cenário, a empresa está a acelerar medidas de mitigação que passam por ganhos de produtividade, sourcing alternativo, otimização da cadeia de abastecimento e ajustamentos de preço.

“O nosso modelo global de fabrico, as capacidades de sourcing e o trabalho colaborativo entre equipas são vantagens competitivas que nos permitem mitigar os custos das tarifas e manter o ritmo de crescimento”, sublinhou o CEO, Brendan Foley.

A McCormick, presente em 90 mercados e com um portefólio de 17 mil ingredientes, tem enfrentado dificuldades em relocalizar parte das suas compras, já que tem matérias-primas que não estão disponíveis comercialmente nos EUA. Ainda assim, a empresa tem conseguido deslocar parte do seu procurement para países com tarifas mais baixas, enquanto aumenta a eficiência operacional e a capacidade de distribuição nas Américas e no e-commerce.

A pressão tarifária não é um desafio isolado: outras multinacionais, como por exemplo a Colgate-Palmolive, também têm adotado estratégias de nearshoring, reformulação de produtos e renegociação com fornecedores para reduzir a sua exposição aos custos adicionais.