Foi de convergência e colaboração o tom que marcou o XI Congresso da AGEPOR, que assinalou 25 anos de atividade, e reuniu mais de uma centena de representantes do setor marítimo-portuário nacional.

A cooperação entre entidades públicas e privadas voltou a estar no centro do debate sobre o futuro dos portos nacionais. O XI Congresso da AGEPOR – Associação dos Agentes de Navegação de Portugal, em Almancil, reuniu mais de uma centena de representantes das principais entidades ligadas à economia do mar, contando com a presença do Secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, e assinalando os 25 anos de atividade da associação.

Na sessão de abertura, João Silva, presidente da AGEPOR, destacou o “espírito de cooperação entre os associados, as administrações portuárias e as autoridades públicas”, sublinhando o alinhamento em torno de “uma visão comum para o futuro do setor”. O responsável frisou ainda o papel da associação na promoção da inovação e eficiência:

“Os agentes de navegação sempre estiveram na linha da frente da adaptação e da superação de desafios. Este congresso deixa uma mensagem de otimismo e confiança no futuro do setor portuário nacional.”

Por sua vez, o Secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, reforçou o apelo à colaboração estratégica entre todos os stakeholders do sistema portuário, anunciando a criação de um grupo de trabalho que reunirá os responsáveis das Administrações Portuárias. O objetivo é acelerar a execução do Plano Portos 5+ e implementar medidas que promovam maior eficiência, sustentabilidade e competitividade.

O governante destacou ainda que a estratégia para os portos nacionais “só será bem-sucedida se for construída em conjunto com quem opera diariamente no terreno”, defendendo uma governação colaborativa e transparente, que assegure “a continuidade operacional, a segurança e o investimento em infraestrutura e digitalização”. Reafirmou também o compromisso do Governo em “dar corpo à estratégia Portos 5+, com ações concretas e resultados mensuráveis”.

Os temas em destaque abrangeram a segurança física e cibernética, a competitividade económica, a geopolítica internacional e os desafios e oportunidades que se colocam aos portos portugueses num contexto global em rápida transformação.