A automação industrial está a tornar-se um motor de crescimento em toda a Europa e já não é recebida com receio nas fábricas. Segundo o novo “Relatório sobre o Estado da Automação Industrial 2025”, da Universal Robots, 84% dos profissionais europeus dizem que os colaboradores encaram positivamente a introdução de robôs; apenas 3% reporta resistência.

O estudo — realizado em oito países europeus e baseado em respostas de 2.174 líderes de empresas em diferentes fases de automação — sinaliza uma viragem estrutural na forma como a indústria olha para a robótica.

Entre os líderes industriais que já iniciaram o caminho da automação, 93% antecipam que pelo menos 10% da força de trabalho irá colaborar com cobots na próxima década; 47% acredita que essa proporção chegará a cerca de um quarto dos trabalhadores. Em Espanha, 91% consideram viável automatizar mais de 10% das operações com cobots e 48% dizem que mais de 25% dos processos podem ser automatizados.

Mais de metade dos inquiridos na Europa acredita que os robôs criarão mais postos de trabalho do que eliminarão até 2030. Para 91%, os cobots podem reduzir a escassez de talento em pelo menos 10%; 44% esperam uma diminuição de 25% ou mais.

A produtividade é o principal motivo de investimento (indicada por 68% das empresas). E os ganhos já são mensuráveis: 89% reporta melhorias de produtividade após implementar cobots. 52% observaram aumentos entre 10%–25%, 30% entre 26%–50% e 6% acima de 50%.

Para Jordi Pelegrí, Country Manager da Universal Robots em Espanha e Portugal, “a automação deixou de ser um objetivo a longo prazo para se tornar uma prioridade imediata, impulsionada pela necessidade de garantir produtividade, qualidade e resiliência”. O responsável sublinha que os cobots “estão a impulsionar uma transformação profunda em todas as operações”, chegando hoje a empresas de todas as dimensões.

Números-chave do relatório UR 2025
  • 2.174 profissionais inquiridos em 8 países europeus

  • 84% (Europa) e 86% referem atitude positiva dos colaboradores perante robôs; 3% reporta resistência

  • 93% preveem ≥10% da força de trabalho a colaborar com cobots em 10 anos; 47% aponta ~25%

  • Produtividade é o fator n.º 1 (68%); 89% já mediram ganhos após recurso a cobots

  • Emprego: maioria vê saldo positivo até 2030