A Maersk lançou um vasto programa de eficiência para a sua frota time-chartered, em colaboração com 50 armadores. O objetivo é reduzir custos por slot e emissões, através da melhoria da eficiência energética e do aumento da capacidade de carga, abrangendo cerca de 200 navios até 2027.
A Maersk anunciou a implementação de um programa de modernização em larga escala para a sua frota time-chartered, envolvendo 200 navios de diferentes dimensões e configurações. Em parceria com 50 armadores, o projeto inclui mais de 1.500 intervenções já concluídas e outras 1.000 em execução até 2027, com investimento partilhado entre a empresa e os proprietários.
O objetivo é duplo: reduzir o custo por slot e diminuir significativamente as emissões de gases com efeito de estufa. Entre as principais medidas destacam-se a substituição de hélices e de bulbos de proa por versões otimizadas para velocidades mais baixas, aumentando a eficiência hidrodinâmica; instalação de sistemas de recuperação de calor dos motores auxiliares e de geradores de eixo, reduzindo o consumo de combustível; aumento da capacidade de carga através de alterações estruturais, como a elevação da ponte de comando e reforço da capacidade de deadweight e atualização de sistemas de amarração e softwares de carregamento.
“Esta frota representa uma fatia importante da nossa operação e do consumo de combustível. Trabalhando com os armadores, conseguimos reduzir emissões e custos, mantendo as embarcações competitivas”, destacou Ahmed Hassan, Head of Asset Strategy & Strategic Partnerships da Maersk.
A companhia lembra que o programa está alinhado com os seus objetivos climáticos: redução absoluta de 35% das emissões scope 1 até 2030 (face a 2022) e neutralidade carbónica em 2040.
Segundo Anda Cristescu, Head of Chartering & Newbuilding, muitos destes navios foram concebidos para operar a velocidades superiores às atuais, e a substituição de hélices e bulbos adaptados a perfis de velocidade mais reduzidos “liberta um enorme potencial de eficiência”.
O modelo de co-investimento é descrito como um “win-win”: a Maersk beneficia da redução de custos e emissões, enquanto os proprietários recebem navios modernizados e mais competitivos no longo prazo.