O Porto de Leixões recebeu esta terça-feira, 30 de setembro, o navio Shun Fu Da, um graneleiro do tipo Kamsarmax, o maior até agora aceite para operar a leste da ponte móvel. Reforça, assim, a sua capacidade para navios de grande dimensão.
Com 229 metros de comprimento, 32,26 metros de boca e um deslocamento de 95.000 tons, o Shun Fu Da é proveniente da China e de Taiwan. Transporta produtos siderúrgicos, principalmente coils de aço, e, após a passagem por Portugal, segue para a Bélgica e a Polónia.
A operação consistiu na descarga de 3.550 toneladas de coils de aço, com pesos entre 12 e 20 toneladas cada. Este material será introduzido no mercado nacional, abastecendo cinco empresas da indústria metalomecânica, onde será transformado e posteriormente reintroduzido no mercado nacional e internacional sob diversas formas de produto acabado.
O planeamento e execução da descarga foram assegurados pela TCGL, participada do grupo ETE, que, em comunicado, adianta que “esta nova dimensão de navios no Porto de Leixões permite explorar novas oportunidades, para abastecer de forma mais sustentável a economia nacional”.
Agenciado pela ICC – Navegação, também participada pelo grupo, o Shun Fu Da integra uma tipologia de navios que se destaca pelo equilíbrio entre dimensão e capacidade, permitindo transportar grandes volumes de carga seca sem restrições de acesso aos principais portos mundiais.
Por sua vez, a infraestrutura portuária destaca que a entrada do navio aconteceu no seguimento de “rigorosa avaliação de segurança” levada a cabo pelo Departamento de Pilotagem do Porto de Leixões. E foi possível graças aos recentes investimentos em rebocadores de elevada força de tração e melhoria das acessibilidades marítimas, nomeadamente no aprofundamento do canal exterior e da bacia de rotação, e do prolongamento do quebra-mar.
A administração do porto realça que, deste modo, reforça o seu papel como porta de entrada de grandes fluxos de mercadorias, “afirmando-se como um hub logístico de referência no Atlântico, preparado para responder às exigências da economia regional e das cadeias internacionais de abastecimento”.