A China anunciou recentemente a imposição de taxas “antidumping” provisórias sobre as importações de carne de porco e subprodutos suínos que venham da União Europeia (UE), após uma investigação preliminar, segundo o Jornal de Negócios.

O “antidumping” é o processo inverso ao “dumping”, que consiste na exportação de um produto a um preço mais baixo do que o custo de produção, ou do mercado interno do país que exporta.

As taxas alfandegárias, que variam entre 15,6% e 62,4% estão em vigor desde o passado dia 10 de setembro, e são cobradas sob a forma de cauções junto das alfândegas.

O Ministério do Comércio chinês, que lançou a investigação em junho, afirma que “o organismo responsável pela investigação determinou, de forma preliminar, que as importações de carne de porco e subprodutos da UE são objeto de ‘dumping'”.

Uma vez que a investigação deverá estender-se até dezembro, as medidas impostas são, para já, provisórias.

Em resposta, Olof Gill, porta-voz da Comissão Europeia para o comércio garantiu que iriam tomar todas as medidas para defender os produtores e a indústria. Destacou ainda que a Comissão Europeia acompanhou “integralmente, e de perto, todas as fases” da investigação ‘antidumping’ que antecedeu as tarifas impostas pela China, “em plena cooperação com os produtores exportadores da UE e as autoridades dos Estados-membros”.

“Segundo a nossa avaliação, essa investigação baseou-se em acusações duvidosas e provas insuficientes e, por conseguinte, não estava em conformidade com as regras da Organização Mundial do Comércio”, acrescentou o responsável.