O fabricante europeu Airbus já deu início à montagem do seu novo avião de carga de nova geração, o A350F, com contributos-chave de França, Alemanha, Reino Unido e Espanha. A entrada em serviço está prevista para 2027.
A Airbus iniciou, em Toulouse, a montagem do primeiro cargueiro A350F, após a chegada das secções principais da fuselagem e das asas. Trata-se de um marco decisivo para o programa do novo avião de carga de grande capacidade, que deverá voar pela primeira vez em 2026 e entrar em serviço comercial no segundo semestre de 2027.
O A350F é baseado na versão de passageiros A350-1000, mas incorpora alterações estruturais específicas para operações de carga, incluindo uma porta principal de 4,3 metros, a maior do setor. O avião terá capacidade para transportar até 111 toneladas de carga, com um alcance de 8.700 quilómetros, prometendo uma redução mínima de 20% no consumo de combustível e nas emissões de CO₂ face a cargueiros atualmente em operação.
A produção do modelo envolve várias unidades da Airbus espalhadas pela Europa. França concentra a montagem final e a integração da cabina de pilotagem, enquanto a Alemanha produz parte da fuselagem e as portas auxiliares. O Reino Unido assegura o fabrico das asas. Espanha desempenha também um papel de destaque, fabricando o estabilizador horizontal, a secção traseira da fuselagem, as coberturas inferiores das asas e a porta principal de carga em materiais compósitos.
O grupo francês CMA CGM será o cliente de lançamento.
Quem faz o quê no A350F
O A350F é fruto da integração de várias competências industriais da Airbus, espalhadas por diferentes países da Europa.
Eis os contributos-chave:
- França – Montagem final em Toulouse; cabine de pilotagem; secções centrais da fuselagem.
- Alemanha – Secções dianteira e traseira da fuselagem; portas de carga auxiliares; ensaios estruturais.
- Reino Unido – Fabrico das asas em Broughton (País de Gales), com tecnologia de compósitos de última geração; transporte para Bremen (Alemanha) para equipagem final.
- Espanha – Estabilizador horizontal (HTP), fabricado em Cádiz e Getafe; Secção traseira da fuselagem (section 19); coberturas inferiores das asas; porta principal de carga em compósitos (4,3 m de abertura – a maior da indústria).
Nota: a Bélgica e outros parceiros também contribuem através da cadeia de fornecedores especializados, em particular no fabrico de componentes em materiais compósitos e sistemas de cabine.
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