A PSA Sines foi notificada de um pré-aviso de greve parcial entre 22 e 26 de setembro, que poderá provocar paragens diárias de 12 horas no Terminal XXI. A empresa avisa que a interrupção pode afetar a operação portuária, a confiança dos clientes e a sustentabilidade de postos de trabalho, com impacto na economia nacional e local.

A PSA Sines, que gere o Terminal XXI e emprega cerca de 1.400 trabalhadores, foi notificada de que o Sindicato SIEAP emitiu um pré-aviso de greve parcial entre os dias 22 e 26 de setembro. A paralisação terá a duração de quatro horas por turno, resultando numa paragem diária de 12 horas.

Em comunicado, a empresa expressa “preocupação” com o impacto da greve, sublinhando que a interrupção poderá afetar a operação portuária “devido à perda de movimentos, à confiança dos clientes e à sustentabilidade a longo prazo de muitos postos de trabalho”, com repercussões na economia local e nacional, bem como “na interrupção do fluxo de mercadorias”.

A administração recorda que, “como parte do seu compromisso contínuo com o diálogo construtivo”, alcançou recentemente um entendimento com o Sindicato XXI, que prevê a criação de um grupo de trabalho para discutir um novo modelo de horários. O acordo, nota a PSA, “reflete a disponibilidade da empresa para procurar soluções equilibradas que salvaguardem tanto a competitividade do terminal como os interesses dos seus colaboradores”.

Paralelamente, foi implementado um esquema de incentivos baseado em movimentos mensais de contentores, que a empresa apresenta como sinal da confiança dos clientes na operação e da partilha de resultados com os trabalhadores.

Ainda assim, a PSA Sines alerta que negociações produtivas só podem decorrer “num clima de responsabilidade e confiança mútua, sem comprometer a operação e a imagem do Porto de Sines”. A operadora reafirma a disponibilidade para “continuar a construir soluções que gerem valor a longo prazo para colaboradores, clientes e comunidade”.

O Terminal XXI, em Sines, é o maior terminal de contentores de Portugal, com capacidade instalada de 2,3 milhões de TEU e o único no país preparado para receber os maiores navios porta-contentores do mundo, assumindo-se como hub estratégico da cadeia logística global.