Rita Sousa é a nova material planner e logistics manager da EID, empresa portuguesa de engenharia de sistemas, especializada em comunicações militares. Um desafio que aceitou, como partilhou à SCM, com a consciência de que estaria a contribuir, de forma indireta, mas essencial, para apoiar as Forças Armadas e para um bem maior.
“Sempre procurei ambientes desafiantes e com impacto real, e a EID destacou-se por ser uma empresa de referência, num setor que exige rigor, inovação e responsabilidade acrescida”, começa por afirmar, acrescentando que o propósito pessoal que a moveu, aliado à oportunidade de aplicar e expandir a sua experiência, foi determinante para aceitar este desafio.
As funções que agora desempenha combinam o planeamento de materiais com a gestão da equipa de logística e armazém. O que – diz – significa assegurar a fluidez de toda a cadeia, coordenar prioridades e garantir que tarefas, prazos e compromissos são cumpridos com rigor. Além disso, está envolvida na implementação de um novo ERP e no desenvolvimento de KPI e Dashboards, o que lhe permite aplicar a experiência passada como superuser. “Em suma, é uma oportunidade de integrar diversas competências adquiridas ao longo da minha carreira em supply chain”, sustenta.
A propósito de carreira, Rita Sousa destaca que a sua experiência em setores distintos — retalho, farmacêutica, logística contratual e e-commerce, em empresas como IKEA, DHL e Grunenthal — lhe proporcionou uma visão transversal da cadeia de abastecimento e prática em planeamento e liderança de equipas. “Aprendi a transformar desafios em soluções práticas e a coordenar pessoas para que tudo aconteça de forma integrada”, nota, argumentando que essa bagagem lhe permite responder ao setor da defesa com uma abordagem estruturada e flexível, mantendo foco nos resultados e na confiabilidade. “Além disso, a minha experiência em operações rápidas e adaptáveis prepara-me para lidar com mudanças súbitas no ritmo da operação, mantendo lean, eficiência e agilidade como fatores determinantes”, comenta.
Reconhece, no entanto, especificidades associadas ao facto de ser uma empresa do ecossistema da defesa. Desde logo, considera que trabalhar neste setor implica responsabilidade e disciplina acrescidas. “Aqui, não basta garantir eficiência: é fundamental assegurar rigor, confidencialidade e fiabilidade em cada decisão. O nosso trabalho tem impacto direto na missão de servir as Forças Armadas e, em última instância, na segurança de quem está na linha da frente. Essa consciência reforça o sentido de estarmos a contribuir para um bem maior e a necessidade de responsabilidade em tudo o que fazemos”, justifica.