O mercado global de transitários deverá sofrer uma contração de 1,1% este ano, abrangendo quer o transporte aéreo, quer marítimo. A estimativa é da consultora TI Insight, que atribuiu este cenário ao crescente impacto das tarifas, que estão a fazer aumentar os custos.

Este comportamento do mercado contrasta com 2024, que conheceu uma recuperação impulsionada pelo aumento da procura e pela restruturação das cadeias de abastecimento.

Entre as causas para o abrandamento está, também, a manutenção da disrupção das rotas marítimas, incluindo as do Mar Vermelho e do Canal do Panamá.

De acordo com a consultora, o mercado está numa fase defensiva, marcada por um crescimento mais lento, por margens mais apertadas e por maior pressão nas rotas comerciais globais.

O relatório aponta que o crescimento regional é desequilibrado, com a Ásia a manter-se forte, enquanto a Europa continua a enfrentar desafios. A América do Norte é suportada por uma procura crescente e por desenvolvimentos nas infraestruturas. Já a América Latina e a África estão progressivamente a integrar-se nos fluxos globais.

Quanto ao impacto das tarifas comerciais, é expectável que continue a gerar volatilidade na procura de transporte e que resulte em desafios de planeamento para os transitários, na medida em que lidam com volumes de carga flutuantes.