A Mango está a reduzir a aposta em fornecedores locais, como Portugal. Em 2024, o país caiu uma posição no mapa da cadeia de abastecimento, para o 10.º lugar, com 63 fábricas e 2,35% da produção. No ano anterior, a marca espanhola trabalhava com 77 unidades nacionais, que forneciam 2,57% das peças.
Este fenómeno não abrange apenas Portugal. De acordo com o relatório de sustentabilidade da marca espanhola, verifica-se uma diminuição do near shoring, que afeta também a Turquia, por exemplo. Em contraste, países como a China, a Índia e o Bangladesh ganham peso enquanto fornecedores.
Em 2024, a marca espanhola de moda trabalhou com uma rede de 2.676 fábricas em todo o mundo, tendo aumentado a produção em 7%, para um total de 172,8 milhões de peças.
No que toca à origem das fábricas, 63,9% localiza-se em países considerados remotos, com apenas 36% da produção a registar-se nas 966 instalações fabris de proximidade. Este valor traduz uma quebra de quatro pontos por comparação com o ano anterior, em que o near shoring representou 40,2% do total.
O principal fornecedor da Mango é a China, correspondendo a 36,85% do total, numa rede de 986 fábricas. Em causa, um crescimento de quatro pontos face a 2023.
A Índia é o terceiro mercado, com as suas 305 fábricas a fornecerem 11,4% das peças de vestuário. E o Bangladesh posicionou-se como quarto, pesando 6,95%.
A Turquia, com 513 unidades fabris, continua a ser o segundo fornecedor, mas a produção diminuiu de 22,04% para 19,17%.