O Comité Nacional Routier (CNR) apresentou um novo estudo sobre o setor português de transportes rodoviários de mercadorias, um setor caracterizado por uma forte atividade internacional que representa mais de dois terços do volume de negócios do mercado (73%).
O estudo foi realizado em 2022, tendo alguns dados sido atualizados entre 2023 até ao primeiro semestre de 2025. Ainda assim, os perfis standard traçados baseiam-se nas condições económicas que prevaleciam em 2022.
Ao todo, foram inquiridas 8.254 empresas, que representam uma faturação de 7.900 milhões de euros, e empregam 78.569 pessoas, com um custo total de 2.020 milhões de euros.
Em termos de contexto, o estudo recorda que, em 2016, quase 60% da rede ferroviária nacional foi considerada estar em “mau” ou “muito mau” estado, o que levou a uma deterioração dos serviços. A questão da bitola não passou despercebida, sendo apontada como um efeito que prejudica a movimentação de mercadorias entre a Península e a Europa.
Portugal utiliza maioritariamente a via rodoviária para o transporte (passageiros e carga), representando 85,9% da quota, enquanto os restantes 14,1% são ocupados pela ferrovia, e 0,0% pela via fluvial. A média europeia encontra-se nos 78,1%, 16,9% e 5,0% em termos de rodovia, ferrovia e fluvial, respetivamente.
O custo de exploração de um camião, com média anual de 131.530 Kms é de 1,13 euros/km, enquanto o custo anual de um motorista é de 35.175 euros, ou 0,27 euros/km.
O estudo também apresenta vários investimentos que têm sido realizados nas áreas rodo e ferroviárias, a representatividade das associações do setor de Freight, e a evolução do setor, tanto a nível doméstico como internacional.
Para mais informações, poderá aceder ao estudo através do site do CNR.