A Inteligência Artificial (IA) está a evoluir a um ritmo tão acelerado que as equipas de procurement não conseguem acompanhar. Esta é uma das conclusões do “2025 AI in Procurement Index”, da consultora Fairmarkit’s.
Desenvolvido com base em entrevistas a responsáveis por procurement nas empresas, o relatório mostra um amplo fosso entre as expectativas dos executivos e o que as equipas de procurement conseguem fazer atualmente com a IA. “O procurement está num ponto de rutura. A GenAI já não é opcional, é uma necessidade competitiva”, alerta a consultora.
Uma das principais preocupações decorre do facto de os fornecedores estarem a avançar mais depressa do que os compradores. Quase todos os responsáveis pelo procurement (94% da amostra) disseram que os seus fornecedores já utilizam a IA nas negociações. Ao mesmo tempo, 43% dos profissionais de procurement receia tomar decisões com base em dados incorretos ou incompletos fornecidos pela IA.
As pressões económicas também estão a pressionar avanços no procurement. O relatório mostrou que 84% dos líderes de procurement acredita que já está em curso uma recessão ou acontecerá até final do ano. Daí que o controlo de custos esteja no topo dos desafios que os profissionais enfrentam – foi o que responderam 45% dos entrevistados.
Embora 91% das empresas tenha orientações da liderança para adotar a IA, os obstáculos internos subsistem, incluindo preocupações com a privacidade dos dados (64%), problemas de governança (55%), custos elevados /56%) e dificuldade das equipas em compreender e usar esta tecnologia (52%).
Ainda assim, as competências são necessárias, com o relatório a evidenciar que a GenAI não está a substituir o talento, mas, sim, a moldá-lo. Assim, quase metade dos inquiridos disseram esperar que as equipas cresçam, não que encolham.
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