A General Motors (GM) revelou esta terça-feira, dia 10, que irá investir 4 mil milhões de dólares, ao longo dos próximos dois anos, nas suas unidades de produção nos Estados Unidos. O objetivo é claro: reforçar a capacidade de fabrico de veículos a combustão e elétricos em território norte-americano, permitindo à empresa ultrapassar os dois milhões de veículos produzidos por ano nos EUA.
O investimento irá beneficiar fábricas localizadas no Michigan, Kansas e Tennessee, que passarão a contar com novas linhas de montagem de veículos acabados. A aposta pretende não só responder à crescente procura, como reforçar o compromisso da marca com a produção nacional.
Em Michigan, a fábrica de Orion Assembly irá iniciar, em 2027, a produção de pickups ligeiras e SUV de grande dimensão movidos a gasolina. Já a unidade de Fairfax, no Kansas, dará início à produção do Chevrolet Equinox a partir de meados de 2027, além de estar a preparar-se para produzir o Chevrolet Bolt EV de 2027 ainda antes do final de 2025. No Tennessee, a fábrica de Spring Hill vai arrancar, em 2027, com a montagem do Chevrolet Blazer.
“Acreditamos que o futuro da mobilidade será moldado pela inovação e pelo know-how industrial dos Estados Unidos”, afirmou Mary Barra, presidente e CEO da GM. “Este anúncio reforça o nosso compromisso contínuo com a produção nacional e com a criação de empregos americanos.”
O anúncio surge poucas semanas após a GM ter divulgado um investimento adicional de 888 milhões de dólares na fábrica de Tonawanda, dedicada à produção de motores V-8 de sexta geração.
A medida foi bem recebida pelo sindicato United Auto Workers (UAW), que tem vindo a defender políticas de incentivo à produção nacional. “A decisão da GM de investir nas fábricas americanas e priorizar os trabalhadores dos EUA mostra exatamente por que apoiámos as tarifas sobre automóveis importados”, declarou Shawn Fain, presidente do UAW. “Temos capacidade excedente nas fábricas atuais e as empresas automóveis podem — e devem — trazer de volta empregos sindicais bem remunerados. A GM está a mostrar que é possível.”