Tiago Ferro é o novo Logistics Country Manager da Unilabs, um desafio que assumiu pelo potencial de contribuir de forma significativa para a empresa, “liderando operações num contexto desafiante e em constante mudança”.
Em declarações à SCM, partilha que o desafio surgiu de forma inesperada, através de um contacto no LinkedIn: “Percebi que poderia ser a oportunidade certa para realizar uma mudança profissional. Depois de 11 anos no setor do retalho, senti vontade de aplicar toda a experiência acumulada num ambiente igualmente exigente, mas diferente.”
Do retalho traz a certeza de que é “uma verdadeira escola de gestão operacional e de resiliência.” Dá conta de que, ao longo do seu percurso, desenvolveu competências sólidas na liderança de equipas, gestão de cadeias de abastecimento, otimização de processos e adaptação rápida a contextos de elevada exigência e constante mudança. “Esta experiência permite-me trazer uma visão estratégica e orientada para a eficiência, inovação e foco no cliente — qualidades que considero essenciais também na área da saúde, onde a logística tem um papel crítico no suporte à operação clínica e na resposta ágil às necessidades dos pacientes”, manifesta.
Enquanto Logistics Country Manager, a sua missão é assegurar uma gestão estratégica e eficiente da operação logística a nível nacional. Isso envolve otimizar processos, garantir a conformidade com elevados padrões de qualidade e segurança, e assegurar que toda a cadeia logística — desde a recolha até à entrega de amostras e materiais — funciona de forma integrada, ágil e fiável. Adianta que a rastreabilidade em tempo real de todos os fluxos logísticos é também um pilar fundamental, permitindo monitorizar cada etapa do processo, reforçar a confiança dos stakeholders e responder proactivamente a qualquer eventualidade. Tudo isto – sublinha – “sempre com foco na excelência do serviço prestado aos pacientes e profissionais de saúde”.
A complexidade logística da saúde já havia despertado o interesse de Tiago Ferro. Agora, na Unlabs, confirma que a gestão logística enfrenta desafios particularmente exigentes, fruto da natureza sensível dos materiais transportados e da vasta dispersão geográfica, com cerca de mil pontos de recolha distribuídos por todo o país. “Gerir uma rede complexa de transportes e fluxos de amostras exige eficiência, rapidez e uma rastreabilidade extremamente rigorosa”, concretiza, considerando essencial garantir a otimização das rotas, bem como uma coordenação precisa entre unidades, laboratórios e equipas de terreno. Neste sentido, entende que a aplicação de melhores práticas de otimização de rotas e gestão de stocks, com recurso a inteligência artificial, será fundamental para aumentar a eficiência operacional e a capacidade de resposta. “A isto somam-se outros desafios, como assegurar a resposta em todo o território nacional, integrar sistemas e processos de forma uniforme, manter padrões elevados de qualidade e estar preparado para reagir rapidamente a picos de procura ou a situações imprevistas — incluindo a gestão eficaz de serviços de urgência — tudo num setor em que o tempo pode ser determinante para o diagnóstico ou tratamento dos pacientes”, conclui.