Associações ferroviárias, portuárias, hidroviárias interiores e intermodais estão a apelar aos legisladores da União Europeia (UE) que não deixem de lado o Transporte Combinado (CTD) e a Diretiva sobre Pesos e Dimensões (WDD) enquanto peças-chave da legislação de transporte de carga, segundo a Railmarket.
Uma declaração conjunta de vários players da indústria do transporte está a apelar ao Parlamento Europeu e ao Conselho para que seja revista a Diretiva sobre Transporte Combinado e a Diretiva sobre Pesos e Dimensões como um pacote único, alertando que uma abordagem separada poderá enfraquecer a posição do transporte ferroviário por via marítima.
Esta medida surge no âmbito do Pacote para a Descarbonização do Transporte de Mercadorias da UE, que inclui propostas de atualização das regras sobre o transporte de bens em todo o continente europeu. A preocupação do setor consiste no favorecimento exclusivo do transporte rodoviário caso as regras sobre o penso e dimensões dos veículos sejam atualizadas sem ter em conta o Transporte Combinado.
O apelo conjunto provém de 11 associações que representam os setores do transporte ferroviário de mercadorias, operadores marítimos, autoridades portuárias, operadores intermodais e empresas de logística. Defendem que o Transporte Combinado oferece uma solução prática para reduzir as emissões, aliviar a congestão rodoviária e diminuir a dependência de combustíveis fósseis importados.
As associações alertam contra alterações legislativas que tornem o percurso rodoviário do Transporte Combinado mais logo ou mais atrativo do que a transferência de mercadorias para comboio ou navio. Essa decisão poderá levar a que a carga seja mais transportada por via rodoviária.
A declaração conjunta evidencia ainda o potencial do Transporte Combinado no apoio à logística civil e militar em toda a Europa. Desde uma melhor utilização dos portos interiores até rotas de transporte mais resilientes em caso de perturbações.