A indústria logística alimentar atingiu os 162 mil milhões de dólares em 2024, de acordo com o mais recente relatório da Research and Markets. Trata-se de um negócio que, segundo a IATA, está muito dependente do transporte aéreo: no ano passado, registou-se um crescimento de 8% apenas no que respeita os produtos frescos.

Numa análise da ferramenta IATA CargoIS, as frutas e vegetais constituírem o principal segmento, representando cerca de um terço de todos os bens perecíveis transportados por via área. Peixe (21%), flores (13%) e carne (10%) foram os segmentos seguintes. Mas, os produtos congelados foram os que mais cresceram – 45%, secundados pela carne (21%).

No que respeita as frutas e vegetais, a ligação entre Mumbai (Índia) e o aeroporto de Heathrow, em Londres, foi a mais concorrida. Em segundo lugar esteve uma rota doméstica, de Davao a Manila, nas Filipinas.

A Austrália foi o maior exportador de carne por via aérea, com mais de metade do mercado em 2024. Singapura, Dubai, Doha e Frankfurt foram os principais destinos destes envios. O Paquistão e a África do Sul também figuram no top 3 deste comércio.

Alguns destes produtos conhecem movimentos sazonais: é o caso das flores, com os envios por via aérea a concentrarem-se em fevereiro, por ocasião do Dia dos Namorados. Equador, Quénia e Colômbia foram os principais mercados de origem.

Do mesmo modo, o transporte de peixe conheceu um crescimento acentuado por ocasião do ano novo chinês, com a Noruega a constituir-se como o principal ponto de partida. Do outro lado, o Japão, a Tailândia e a China foram os mercados de destino maioritários.

Comentando estes dados, o Global Head of Cargo da IATA, Brendan Sullivan, afirma, em comunicado, que o crescimento dos volumes de bens perecíveis acentua o papel vital da carga aérea. “Enviar estes produtos por ar poupa um tempo precioso para uma carga que tem uma vida curta na prateleira, ao mesmo tempo que a torna mais sustentável, pois reduz o desperdício”, argumentou.