Os Serviços de Alfândega da China divulgaram os dados referentes às exportações do país na passada segunda-feira, onde se verificou um aumento de 2,3% no valor das suas exportações para países de língua portuguesa, atingindo os 19,7 mil milhões de dólares (cerca de 17,4 mil milhões de euros) nos primeiros três meses do ano.
Este valor estabeleceu um novo recorde de arranque de trimestre desde 2013, quando o Fórum de Macau começou a apresentar estes dados.
Em destaque esteve Angola, cujas importações chinesas superaram os 200%, alcançando 1,58 mil milhões de dólares (1,39 mil milhões de euros), e superando Portugal no segundo lugar de maior importador, com um total de 1,48 mil milhões de dólares (1,3 mil milhões de euros).
Ainda assim, o Brasil lidera com um valor 10 vezes superior ao segundo maior importador, com 15,8 mil milhões de dólares (13,9 mil milhões de euros), apesar da redução de 2% comparativamente ao período homólogo.
No outro prato da balança, as exportações dos países de língua portuguesa verificaram uma descida de 30,1% no primeiro trimestre de 2025, comparativamente ao mesmo período de 2024, totalizando 24,5 mil milhões de dólares (21,6 mil milhões de euros) nos primeiros três meses do ano.
Este foi o valor mais baixo dos últimos cinco anos, desde o início da pandemia de COVID-19, devendo-se, sobretudo, à quebra das vendas do Brasil, o maior fornecedor lusófono da China, que registou uma quebra de 34,1% para 19,3 mil milhões de dólares (17 mil milhões de euros).
Também Angola apresentou uma quebra de 10,6% para 3,87 mil milhões de dólares (3,41 mil milhões de euros), e Portugal em 14,4% para 635,3 milhões de dólares (560,3 milhões de euros).
Por outro lado, Angola manteve a tendência crescente também nas exportações para a China, tendo estas aumentado 18,5% para 484,5 milhões de dólares (427,2 milhões de euros).
No total, a China registou um défice comercial de 4,79 mil milhões de dólares (4,22 mil milhões de euros) com os países lusófonos entre janeiro e março, tendo movimentado 44,2 mil milhões de dólares (38,9 mil milhões de euros), menos 18,6% do que no período homólogo.