Donald Trump assinou ontem, dia 29 de abril, uma ordem executiva para minimizar o impacto das recentes tarifas de importação aplicadas ao setor automóvel, que se encontravam nos 25%. Este documento atribui deduções e benefícios para estas empresas através de créditos e de alívio parcial de taxas sobre as importações.

Com esta ordem, as empresas da indústria automóvel irão receber créditos até 15% do valor dos veículos montados nos EUA, podendo ser aplicados contra o valor das peças importadas, e terão os seus impostos parcialmente aliviados. Na sequência da assinatura desta ordem executiva, Donald Trump comentou que “queremos apenas ajudá-los [players da indústria automóvel] durante este período de transição. A curto prazo”.

Howard Lutnick, secretário do Comércio, explica que esta medida tem como finalidade fornecer tempo para as empresas inserirem as suas cadeias de abastecimento dentro do país, num modelo de nearshoring.

Os automóveis e as peças sujeitos a tarifas de 25% não estarão mais sujeitos a outras taxas impostas pelos EUA, entre as quais as de 25% sobre produtos canadianos e mexicanos, bem como as de 10% aplicadas à maioria dos países.

Em comunicado, Howard Lutnick considera que “este acordo é uma grande vitória para a política comercial do Presidente, pois recompensa as empresas que fabricam a nível nacional, ao mesmo tempo que proporciona um caminho para os fabricantes que expressaram o seu compromisso de investir na América e expandir a sua produção nacional”.

Está também uma proposta em cima da mesa para impedir que as empresas que paguem tarifas do setor automóvel paguem novas taxas como as do aço e alumínio, para que quem já tenha pagado tenha direito a uma dedução.

Outros setores, como é o caso do farmacêutico, já estão a negociar exceções às tarifas, estando neste caso o vice-primeiro-ministro de Singapura, Gan Kim Yong, também à procura de um alívio nas exportações para este país, que representa 10% do total desse setor.

Imagem: Casa Branca.