O “The Procurement Impact Report”, da Vertice, empresa de SaaS, conclui que existe uma “clara ligação” entre os processos de procurement e o desempenho das empresas, no que toca à eficiência, ao crescimento e à sustentabilidade. O procurement é – sublinha – um importante catalisador da inovação, constituindo uma “arma secreta” que, muitas vezes, é ignorada.
Esta conclusão emerge de um inquérito conduzido junto de cerca de 300 responsáveis de procurement, tendo sido identificado que a maioria das empresas enfrenta dificuldades em alcançar a maturidade nos seus processos de compras e aprovisionamento, logo, não beneficiando do seu impacto no negócio.
Enquadrando o estudo, a Vertice sustenta que a turbulência dos últimos anos mostrou que a capacidade de uma organização para gerir os riscos e otimizar os custos pode fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso num ambiente volátil. Alerta, no entanto, que o procurement ainda luta para se sentar à mesa principal, não sendo visto como uma parte estratégica do negócio.
O estudo procurou avaliar a maturidade do procurement nas 300 empresas e o seu impacto na capacidade de inovação. E constatou que a introdução de automação e de centralização nas estratégias de procurement tem uma relação direta com o desempenho das empresas. Aquelas que apresentam maiores níveis de maturidade nestes processos são capazes de inovar mais rapidamente, de manter a compliance com mais facilidade e de controlar melhor os orçamentos. Porém, apenas uma em seis possui processos de procurement totalmente otimizados.
No que se prende com a inovação, as empresas com os processos de procurement mais avançados ganham vantagem competitiva, sendo 32% mais capazes de implementar novas iniciativas e 29& mais rápidas na colocação de novos produtos e serviços no mercado.
Do ponto de vista do orçamento, as empresas com uma maior maturidade do procurement conseguem manter um controlo mais apertado sobre o cash flow, o que evita despesas não autorizadas, como protege o negócio de condições macroeconómicas instáveis ou imprevisíveis.
Não obstante as vantagens identificadas, 37% dos respondentes afirmaram que o procurement não é visto como uma prioridade estratégica. E 35% afirmou que a sua organização não está disponível para investir em competências neste domínio.