O Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) lançou um procedimento concursal no valor de 2,5 milhões de euros para a modernização dos seus sistemas, procurando acompanhar as alterações que estão a ocorrer no setor da mobilidade e dos transportes a nível global.

Trata-se de um investimento em novas tecnologias aplicacionais a executar nos próximos 18 meses, complementado por mais 500 mil euros em ferramentas e recursos para a gestão de projetos, a ser realizada em colaboração com os especialistas do IMT.

Ao ECO, João Caetano, presidente do IMT, revelou que este investimento “irá permitir uma melhor integração com a Autoridade Tributária e com o Instituto de Registos e Notariado e automatizar os processos de homologação e matriculação, com ganhos evidentes para os cidadãos e empresas”.

O IMT também terá de implementar o regulamento europeu eFTI (Electronic Freight Transport Information), que obriga a desmaterializar os processos administrativos associados à logística. Este processo já se encontra aplicado ao transporte marítimo e terá de ser implementado nos restantes meios de transporte de mercadorias, beneficiando de um investimento adicional de 1 milhão de euros através de um projeto da UE.

Em comunicado, o IMT referiu que “a descarbonização, a digitalização e a automação no setor dos transportes são vetores de mudança incontornáveis a que o IMT, enquanto entidade administrativa e reguladora técnica, se tem de adaptar para melhor responder aos cidadãos, às empresas e às entidades nacionais e europeias com quem se relaciona”, e que este investimento permitirá acelerar o processo de simplificação administrativa que se iniciou em 2024 nas áreas dos condutores, dos veículos e dos transportes, agilizando o processamento dos mais de 1,5 milhões de pedidos a que o Instituto responde anualmente nestas três áreas.