Vivemos num mundo globalizado e em constante evolução, e a segurança dos portos é, hoje, mais importante do que nunca. Porquê? Para salvaguardar as mercadorias valiosas que passam por estas instalações todos os dias – por exemplo, em 2022, os portos portugueses movimentaram mais de 85 milhões de toneladas de mercadorias –, mas acima de tudo para proteger os pilares da economia portuguesa (o setor dos transportes e logística representa 1.1% do PIB português) e a segurança nacional.

Não há dúvida de que os portos fazem parte das infraestruturas críticas de qualquer país – o funcionamento do país depende deles em grande parte e, em caso de rutura, não temos alternativas. Desta forma, garantir que os portos são seguros é fundamental, mas também nada fácil, devido aos diversos perigos a que estão expostos e para os quais se devem preparar.

Enumerando apenas alguns: devem estar preparados para riscos naturais que podem afetar as suas operações, instalações e pessoas; precisam de garantir a segurança da navegação; proteger as mercadorias de ameaças físicas como sabotagens ou roubos; prevenir eventuais derrames de
substâncias químicas; e ao mesmo tempo zelar pela segurança e bem-estar dos trabalhadores.

Para além disso, os portos têm de cumprir regulamentos nacionais e internacionais rigorosos, pois são alvos potenciais de atos de terrorismo e também de ciberataques.

Para fazer frente a todos estes perigos, não é suficiente tomar medidas reativas contra os riscos atuais; é, sim, necessária a preparação para quaisquer ameaças futuras, adotando uma atitude proativa. A tecnologia desempenha um papel fundamental neste sentido, pois permite ao setor ter
uma visão completa e dar resposta todas as suas necessidades de vigilância atuais e futuras.

Felizmente, já se encontra disponível no mercado uma vasta gama de soluções tecnológicas que abordam todos os aspetos essenciais da segurança portuária – entradas e saídas, linhas costeiras, perímetros, edifícios e armazéns chave, zonas de transporte de carga e de estacionamento, etc. – e
que ajudam a criar um ambiente seguro. Os sistemas de vigilância ajudam a criar um ambiente seguro e proporcionam aos gestores das instalações uma monitorização rentável, em qualquer momento e a partir de qualquer lugar.

Falamos, neste ponto, de imagens térmicas, soluções de controlo de acesso de veículos, diferentes tipos de câmaras e outras tecnologias avançadas para otimizar a gestão das operações diárias nos portos. Alguns exemplos desta otimização incluem: a monitorização remota de dados, como
números de identificação de contentores ou vagões; inspeções remotas de danos nas cargas; a melhoria da formação dos colaboradores, expondo-os a incidentes e cenários reais; alertas automáticos quando alguém acede ao perímetro; investigação de acidentes facilitada com imagens de vídeo de alta qualidade (ao vivo ou gravadas); e ainda a contagem de pessoas ou a deteção de movimento com inteligência integrada.

Todas estas soluções de videovigilância, controlo de acessos, intercomunicadores ou sistemas de áudio, combinadas com aplicações inteligentes especializadas em análise e formação avançada, não apenas aumentam a eficiência da segurança nas infraestruturas portuárias e ajudam a reduzir
os custos e o tempo despendido, como também são escaláveis. Isto significa que vão ser cruciais na preparação dos portos para o futuro, permitindo-lhes expandir os seus sistemas de segurança pouco a pouco, à medida das suas necessidades.

Em suma, a segurança no setor portuário é uma questão muito importante e que não deve, de forma alguma, ser subestimada. Num contexto de mudança constante, garantir a estabilidade e a resiliência de um país significa proteger as suas infraestruturas críticas contra as muitas ameaças a
que estão expostas, e os portos não são exceções. Tendo em conta as muitas ameaças a que estão expostos.

Setores estratégicos como o do comércio, turismo, produção, entre outros, dependem da continuidade das operações portuárias. Está na hora de todos os intervenientes do setor porem mãos à obra e assumirem um compromisso firme com sistemas de proteção da segurança física ligados a dados, que vão permitir proteger instalações, bens e pessoas – agora e sempre.

Verónica del Hoyo, End Customer Key Account Manager | Axis Communications