Nos últimos anos, as cadeias de abastecimento têm atravessado diversas transformações impulsionadas por eventos como a pandemia e os conflitos geopolíticos, geradores de forte instabilidade, que provocaram disrupções globais nunca antes experienciadas e com réplicas por todo o mundo.

A volatilidade e a incerteza fazem, agora, parte do “novo normal”. As interrupções são constantes e é fundamental preparar, ajustar e agilizar processos para lidar com o imprevisto e o inesperado. Com os desafios atuais, surgem também novas exigências na configuração de toda a cadeia de abastecimento: selecionar fornecedores alternativos, integrar novos parceiros, abordar novos mercados ou redefinir as redes logísticas existentes.

Aumentar a flexibilidade, desde os fornecedores à produção, das vendas à armazenagem e distribuição, implica que as organizações tenham de se adaptar a circunstâncias imprevistas e proporcionar condições eficazes de resposta. Uma organização com uma cultura inovadora, que promova a identificação de oportunidades e o desenvolvimento de soluções, potencie a flexibilidade das suas operações, e impulsione a eficiência, a visibilidade e a agilidade.

O papel do planeamento da cadeia de abastecimento muda drasticamente, sendo muito mais de inovação e dinamização, o que implica a monitorização contínua da procura e da oferta, e a vinculação desse fluxo à execução. Em paralelo, as organizações estão a desenvolver processos de transformação digital, o que exige a atualização das suas operações sem interromper os fluxos existentes, sendo este outro desafio significativo. Adotar novas ferramentas e integrar novas tecnologias que permitam a execução ágil e precisa, com redução de erros e custos operacionais, tem desencadeado também uma revolução na gestão das operações, mas desempenha um papel crucial na otimização dos processos.

Esta transformação permite integrar eficazmente as operações e potenciar o aumento da visibilidade ao longo de toda a cadeia, o que proporciona uma tomada de decisão mais rápida e informada. Desta forma, reduz-se o tempo de resposta a possíveis problemas e imprevistos e aumenta-se a eficiência. À medida que avançamos para um futuro cada vez mais digital, a capacidade de adaptação e a inovação são fatores-chave para o sucesso neste contexto em constante evolução.

Esta crescente complexidade, numa conjuntura de avanço tecnológico muito acelerado, exige equipas com competências que permitam uma constante adaptação às mudanças. Com responsabilidades em várias áreas, aqueles que atuam na gestão da cadeia de abastecimento conhecem bem a necessidade de reação rápida às diferentes circunstâncias e aos imprevistos. É certo que a celeridade com que tem de se intervir e gerir este eixo do caos, exige muito das competências de cada um e a orientação para a solução é crucial. Estes profissionais têm demonstrado competência e capacidade de resposta, neste universo que é a Supply Chain!

A preparação, mudança e adaptação das cadeias de abastecimento a todos estes desafios exige competência, capacidade tecnológica e coragem. A isto chamoLOGILIDADE – o catalisador da eficiência, performance e competitividade na gestão das cadeias de abastecimento.

Bárbara Fraga, Supply Chain & Operations Senior Consultant, Experienced Management