A DS Smith abriu as portas do seu Customer Innovation Hub, em Albarraque, à imprensa. Foi em 2021, que a DS Smith inaugurou este espaço, pioneiro no setor do packaging sustentável. Com uma nova abordagem de trabalho colaborativo com os seus clientes, ali a inovação é a palavra-chave.

A divisão de Packaging da DS Smith em Portugal conta com seis unidades fabris, situadas em Guilhabreu, Esmoriz, Águeda, Carregal do Sal, Leiria e Lisboa, e um centro logístico, na Madeira. A empresa possui ainda duas unidades de Reciclagem, no Porto e na Figueira da Foz, e uma fábrica de Papel, em Viana do Castelo, mas está presente em mais de 400 locais em 34 países, empregando 30 mil funcionários.

“O conceito que temos neste Customer Innovation Hub é fazer com que o cliente faça parte do desenvolvimento de todo o design do packaging”, começa por destacar João Gordilho, Customer Engagement Manager da DS Smith Packaging Ibéria, “não só pedir-nos que desenvolvamos e apresentemos as amostras, mas chamá-los para que façam parte do desenvolvimento”.

Através de um forte investimento tecnológico, a DS Smith consegue apresentar as suas propostas aos clientes no local, mas também em tempo real, através de imagens de alta qualidade e de realidade virtual, utilizada para simular as caixas num efeito 3D. “Podem ser apresentações de PowerPoint, Multimédia, Realidade Virtual, Realidade Aumentada, vídeos, câmeras… Temos todos estes conteúdos”. Estas necessidades surgiram durante a época da pandemia, onde a DS Smith nunca parou de operar. “Fazemos com que tudo aquilo que apresentamos possa ser visto ao máximo detalhe, tanto quando eles estão aqui, e onde a única grande diferença é que podem tocar nas caixas, tanto quando apresentamos digital ou virtualmente”, explica.

Necessidades diferentes
Uma parte importante do packaging prende-se com a sua apresentação ao cliente final, desde um formato diferente e mais apelativo, às cores da embalagem. João Gordilho conta que trabalham juntamente com os clientes para procurarem soluções para os seus problemas. “Se o cliente vier com uma necessidade de uma caixa que seja montada ou armada em três segundos na linha de montagem, o que nós temos de fazer é uma otimização de um packaging atual, inspirando os clientes com novas propostas, e que reduza o tempo de montagem da caixa de 20 segundos para três”, exemplifica.

Não só ao nível da produção, mas também do transporte e distribuição é possível obter benefícios de otimização. Exemplo disso foi o caso de um cliente que, através da substituição de uma embalagem com um formato irregular por uma mais linear, otimizou a quantidade de produto transportado em palete, e ao mesmo tempo também melhorou os seus níveis de sustentabilidade.

João Gordilho nota que as amostras apresentadas ao cliente já vão com a qualidade final de produto, pelo que este tem uma garantia de que aquele protótipo terá o desempenho que o consumidor irá experienciar, bem como nas suas operações internas.

A apresentação ao consumidor é um fator importante, mas através da inovação conseguiram otimizar a impressão das embalagens para reduzir a quantidade de tinta que estas levavam, conseguindo ao mesmo tempo dar um aspeto mais moderno à embalagem e reduzir o seu impacto ambiental.

Sustentabilidade
Enquanto uma empresa que depende muito de papel, uma das grandes preocupações da DS Smith é a sustentabilidade. Cada vez mais o foco está na reciclagem e na reutilização das embalagens, tornando-as “o mais recicláveis possível”, defende João Gordilho.

 

“Fornecemos soluções close loop, que são 360, em que apresentamos ao nível do packaging, mas que também possam ser o mais sustentáveis possível, e possam entrar dentro deste ciclo de reciclagem”

João Gordilho

Uma das preocupações ambientais prende-se com a utilização do plástico, que na eventualidade de ir parar à natureza demora centenas de anos a decompor-se. Deste modo, têm vindo a ajudar os seus clientes a substituírem as peças de plástico por cartão nas embalagens que usam, por ser mais sustentável e menos poluente, tendo já casos de sucesso internacionais em que substituíram o plástico envolvente de uma embalagem de refrigerantes por uma pega de cartão.

Embora procurem várias alternativas ao plástico, ressalva que não são uma empresa contra o plástico, e que há situações onde é difícil substituí-lo, com as tecnologias e materiais existentes atualmente, como por exemplo na composição das paletes.

“A DS Smith está empenhada em fazer com que cada embalagem seja o mais sustentável possível. Temos uma ferramenta única no mercado que nos permite fornecer princípios de design circular aos nossos clientes, garantindo que conseguimos otimizar todos os materiais, quer sejam os atuais do cliente, ou os que eles estejam a desenvolver”, aponta o Customer Engagement Manager.

Uma nova vida
Neste local também são feitas unboxing experiences, para que o cliente compreenda como é que a embalagem se comporta quando o consumidor a recebe em casa. João Gordilho aponta que uma das formas como tentam minimizar o desperdício é dando um segundo propósito às embalagens, tornando-as úteis para guardar outros objetos, por exemplo.

Outra forma de minimizar o desperdício é adaptando as embalagens para a logística inversa, evitando a necessidade de uma nova embalagem. Através de uma segunda fita na embalagem e de uma tira destacável, encontraram uma solução para as devoluções de produtos.

 

“A tendência é cada vez mais encontrar uma segunda vida para a caixa, e não só uma utilização que pode ter a ver diretamente com a caixa, com o momento de receber a caixa e de poder devolver a mesma. Estamos a adicionar uma reutilização, como por exemplo transformar a caixa num acessório para guardar roupa em casa e meter no seu armário”

João Gordilho

Através da ferramenta Métricas de Design Circular que permite verificar e comparar a eficiência ambiental dos designs de packaging, a DS Smith consegue ter acesso a oito indicadores que fornecem uma visão clara do desempenho da circularidade no packaging e ajudam a identificar as áreas com potencial de melhoria.

“Todas as nossas fábricas são certificadas de FSC, e todo o material provém de florestas sustentáveis”, destaca João Gordilho, concluindo que “o nosso negócio é completamente circular”.

Nota: Notícia atualizada a 30 de novembro pelas 12:56.