Em 2021, o grupo espanhol Pérez y Cía, do qual faz parte o grupo MPG, adquiriu a agência de navegação Burmester & Stüve, que iniciou a sua atividade, na segunda metade do século XIX, no atendimento a navios em Portugal. A MPG é o braço transitário do grupo Pérez y Cía, e é segundo este contexto que a MPG Portugal inicia a sua atividade. Através desta fusão, os grupos formam assim um player que atua em várias frentes: carga aérea, marítima e terrestre. 

Esta aquisição faz parte do plano de “cobrir a Península Ibérica e estender a filosofia do nosso grupo. Fazemos parte de uma rede global e valorizamos muito as parcerias com os nossos fornecedores. Queremos acrescentar valor aos nossos clientes através destas parcerias”, afirma à Supply Chain Magazine, Carmen Amador, general manager da MPG Logistics.

Por sua vez, Oscar G. Burmester, country manager na MPG Portugal, refere que “encaramos esta aquisição como uma boa integração porque combinamos uma equipa com muita experiência, especialmente na área de transporte marítimo”. Aponta que um dos principais objetivos é ter uma equipa especializada para cada atividade. “Queremos ser uma entidade reconhecida pela sua especialização, soluções e capacidade de acrescentar valor”. É neste sentido que têm vindo a trabalhar.

O foco está em cimentar e fortalecer todos os departamentos para as atividades especializadas. “Temos uma equipa empenhada em crescer e acrescentar valor através da implementação de novas soluções no mercado”, indica Oscar G. Burmester.

Especificamente para o mercado português, Bernardo Guinea, air freight national manager na MPG Portugal, indica que estão preparados para trazer uma nova filosofia que ainda não existe, que consiste numa maior “atenção ao cliente” e, consequentemente, um trabalho mais “dedicado” pautado pela “rápida resposta” e com “múltiplas soluções”. Considera um “mercado específico e difícil, uma vez que tem muitos players”. No caso da MPG pretendem “fazer diferente”.

Quanto ao futuro, há projetos em cima da mesa, mas, segundo Carmen Amador, “queremos ser pacientes e agir quando acharmos que o devemos fazer”. “Um passo de cada vez” é como caracteriza a visão para o futuro. A atenção está agora mais virada para o mercado português. “Estamos muito bem posicionados, temos a nossa estratégia bem assente e estamos a ser prudentes nas nossas ações. Por isso, estou absolutamente confiante no nosso objetivo”, confessa.