O Museu do Oriente acolheu a 1.ª edição do Seminário “Logística de Frio”. Promovido pela APLOG, o evento contou com a participação de oradores de diferentes quadrantes, desde produtores, retalhistas, a operadores logísticos e fornecedores de equipamentos e soluções, que analisaram os desafios, tendências e muitos dos temas quentes para o futuro da logística de frio.

Raúl Magalhães, presidente da APLOG, lembrou que nos “últimos anos, nomeadamente, quer o confinamento, em resultado da Covid-19, quer inclusivamente, agora os temas mais ligados à inflação na Europa, contribuíram para um reforço das áreas relacionadas com o frio. Portanto, essa importância acabou por se traduzir na relevância das empresas, no maior número possível de referências que atualmente trabalham com o frio, nas preocupações com a segurança alimentar, nas questões relacionadas com a sustentabilidade e, de um momento para o outro, ficámos com um conjunto de temas que justificam e que preenchem perfeitamente a agenda de um seminário como este”.

Assim, nesta primeira edição foram abordados temas como os aumentos dos custos energéticos, os processos de descarbonização, quer nas operações, quer nos transportes, a adaptação a novos modelos de distribuição, as melhorias no planeamento, a captação e retenção de quadros técnicos e todos os aspetos ligados às políticas de sustentabilidade. “Se tivermos em atenção que 15 a 20% dos custos energéticos de toda a logística são produzidos pelas empresas ligadas à logística de frio, também temos uma ideia dos desafios que temos pela frente, quer do ponto de vista de controlo dessa fatura, quer do ponto de vista da sua reversão rumo a uma neutralidade carbónica, quer do ponto de vista da sustentabilidade como um todo”, destacou ainda o responsável.

O seminário contou com a presença de 140 profissionais e proporcionou aos participantes a oportunidade de aprofundar algumas questões relevantes, no topo das preocupações quando o foco está nas operações logísticas a temperatura controlada, bem como estabelecer novas conexões com outros profissionais do setor. O presidente da APLOG garante que virão mais edições “com estas ou outras temáticas ou até com o desenvolvimento de algumas delas, porque foram os próprios convidados que reconheceram não só o interesse, mas o facto de estes temas precisarem de ser abordados”.