A Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) quer incluir uma plataforma logística em Pombal, no Plano Ferroviário Nacional (PFN), considerando este como um “projeto estruturante para a dinamização do transporte de mercadorias, e no apoio à dinâmica empresarial da região”, afirma em nota à agência Lusa.

O objetivo da construção da infraestrutura, junto à Linha Ferroviária do Oeste e a autoestrada 17, passa por trazer “soluções de logística intermodal, integrada e articulada com o ponto da Figueira da Foz, fortemente vocacionada para o tecido empresarial regional”, informa a CIMRL.

Além disso pretende-se que a plataforma sirva toda a região de Leiria, “contribuindo para a descida dos custos do processo logístico que, em termos globais, pode ultrapassar os 15% do custo de produção ao nível das pequenas e médias empresas”. O espaço funcionaria como entreposto aduaneiro, como depósito temporário e armazém de exportação.

Para o projeto, que deverá ter uma dimensão de 60 hectares, estimam-se investimentos públicos e privados entre 50 e 60 milhões de euros, apresentando um horizonte temporal de 2030.

Ainda no âmbito do PFN, decorreu recentemente um debate em Viana do Castelo, que contou com a participação de Frederico Francisco, secretário de Estado das Infraestruturas e Luís Nobre, presidente da Câmara de Viana do Castelo, onde se apresentaram as linhas orientadoras do PNF e os investimentos previstos.

Frederico Francisco, afirmou que “a Linha do Minho será o corredor principal para mercadorias que saem do país”. Sublinhou que o PNF tem como objetivo “ligar Lisboa e Viana em menos de três horas”, uma vez que a Linha do Minho é “a mais prioritária”, e onde será possível ligar “os comboios intercidades e inter-regionais no eixo Valença Lisboa, permitindo a frequência de comboios de hora a hora e interligando à alta velocidade”, pode ler-se no O Minho.

Por sua vez, Luís Nobre, apontou também a necessidade de se criar uma ligação entre ferrovia e porto de mar em Viana do Castelo, um ponto que não está incluído no PFN, e que o autarca considera uma “lacuna”. Esta aposta complementaria as duas estruturas e permitiria “servir melhor os cidadãos e as empresas, criando uma plataforma logística de retaguarda para dar consistência à estrutura ferroviária”, explica.