A Cushman & Wakefield já apresentou o seu 40.º Marketbeat Primavera 2023, publicação semestral onde destaca as principais tendências que irão marcar o mercado em 2023. Olhemos, então, para o segmento Industrial & Logística.

Eric van Leuven, Diretor Geral da consultora em Portugal,diz que “em 2023 o cenário económico que se vive na Europa, a que o mercado português não será imune, irá fazer com que a atividade esteja mais contida”, lembrando também que “no centro das atenções de ocupantes e investidores de todo o mercado estará a temática da sustentabilidade e de critérios ESG, refletindo a crescente preocupação de respeitar estas políticas nos imóveis ocupados e/ou em fase de construção.”

No que diz respeito aos resultados de 2022, a consultora avança que após aumentos expressivos durante a pandemia, a atividade ocupacional de industrial & logística registou um abrandamento em 2022, tendo sido transacionados 553.100 m², numa quebra homóloga de 22%. Por outro lado, diversas operações de grande dimensão contribuíram para que a área média por operação tenha aumentado para os 7.480 m². A maior expressividade das operações de venda ou arrendamento, por oposto aos projetos à medida do ocupante, consolidou-se, representando 85% da ocupação.

Para 2023, o mercado irá verificar uma maior absorção dos espaços logísticos por parte do comércio online, devido ao aumento desta tipologia de compra, que faz com que exista uma maior procura por imóveis logísticos, o que, por sua vez, aumenta a escassez de oferta e os valores de arrendamento destes ativos.

A par disso, a logística urbana (de proximidade) irá continuar a registar uma elevada procura, tendo em conta que as empresas têm vindo a redesenhar a sua operação logística para obter ganhos de eficiência, Portugal também irá beneficiar de um aumento do nearshoring, para que as empresas garantam o stock dos seus produtos.

Por fim, o mercado da “logística de dados” está em expansão, e já se registam diversas transações a nível nacional, estando Portugal no radar dos grandes operadores de data centres, graças à localização estratégica do país.