O Grupo José Neves irá construir uma nova unidade fabril em Guimarães, junto às atuais instalações da empresa, com as obras a arrancarem ainda no primeiro trimestre do ano. A fábrica resulta de uma joint venture entre o Grupo José Neves e o Grupo Grifal, para a produção do cartão canelado da marca cArtù®.

A unidade industrial será totalmente afeta à produção e logística, tendo grande parte do espaço alocado às linhas de produção. Ainda assim, “ter uma logística flexível, fluída e sustentável que se adapte à nova capacidade produtiva é imperativo para sermos competitivos”, afirma Regina Cardoso, diretora de marketing e comunicação do Grupo José Neves, acrescentando que, para isso, “iremos consolidar as operações logísticas do grupo, por forma a agilizar e automatizar processos, e minimizar os impactos ambientais ao longo de toda a cadeia de abastecimento”.

A planificação de rotas e a consolidação de encomendas para transporte unificado já são práticas adotadas pela empresa na sua gestão logística que irão manter, uma vez que “se mostram eficazes na redução dos custos operacionais e de distribuição, permitindo entregas mais rápidas e uma diminuição significativa das emissões de CO2”, indica Regina Cardoso.

Um dos principais objetivos é continuar a crescer “de forma sustentada” e alargar o negócio a novos mercados através de uma base de proximidade com os clientes. A aposta “em novas tecnologias permite-nos melhorar o processo end-to-end e distribuir, de forma eficiente, os ativos mais importantes de toda a cadeia de valor, criando uma maior humanização e transparência do processo”.

Ainda na vertente tecnológica pretendem “apostar na logística 5.0 como principal premissa, aliando a tecnologia à vertente humana e social, sem esquecer a sustentabilidade”. A empresa acredita que uma boa relação entre a tecnologia e mão de obra humana é vantajosa para os diferentes stakeholders, uma vez que traz melhorias aos níveis da produtividade, redução de custos e retenção de talento.

As crises pandémicas e geopolíticas, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, o aumento dos custos energéticos, a falta de mão de obra qualificada, os elevados custos de implementação da tecnologia, o aumento dos fretes, a carga fiscal, a inflação e o aumento das taxas de juro são alguns dos maiores constrangimentos que surgem na gestão da cadeia de abastecimento na indústria das embalagens.

“Sendo a embalagem um produto transversal a todos os setores de atividade, assistimos a alterações no comportamento de compra de uma forma generalizada, com uma forte tendência para a procura de alternativas mais eficientes que permitam às empresas continuarem a ser competitivas no mercado”. Segundo Regina Cardoso, é neste ponto que podem fazer a diferença, nomeadamente através de soluções alternativas e sustentáveis que vão ao encontro das necessidades específicas de cada setor.

“Temos vindo a apostar na expansão do nosso portefólio, através da inclusão de soluções upstream e downstream, por forma a oferecer um serviço cada vez mais completo e eficiente aos nossos clientes, sem comprometer a qualidade, a eficiência, a rapidez e os princípios da sustentabilidade”, termina.