Para quem trabalha com Supply Chain, não é novidade o termo Logística 4.0. Há alguns anos que falamos sobre o assunto e como o desenvolvimento tecnológico vem mudando nossa forma de viver e trabalhar, incluindo no nosso dia a dia veículos autônomos, robôs que realizam picking de cargas e softwares que processam pedidos de forma automática. Ao automatizar etapas relacionadas à coleta, transporte e entrega de bens, o objetivo também é diminuir o trabalho humano da logística. É a automação substituindo a produção, e que levanta questões com relação ao futuro do trabalho.

A crescente globalização, acelerada pelo desenvolvimento tecnológico nos traz desafios diários, exigindo mudanças comportamentais, processos mais eficientes e inteligentes, com o objetivo de atender as exigências do mercado.

Quando se fala em inteligência artificial, algoritmos e realidade virtual estamos querendo, principalmente, eficiência e agilidade, certo? E para quê? Para sermos mais rentáveis, para continuarmos competitivos… e não importa o tamanho da operação, o mercado exige inovações.

Automatização e digitalização dos armazéns é uma realidade. Já não é necessário grandes espaços para estocar, as mercadorias não precisam de um sítio demarcado, e, no geral, não há necessidade de agrupar por setor ou tipo de material, atribuindo apensas um endereço onde o sistema vai sempre indicar sua localização (a intenção nesse processo é otimizar e utilizar os espaços para que este não fique vazio enquanto outro material não chega). Esse é um exemplo de processo automatizado que trás eficiência, agilidade e redução de custo. E tem muito mais coisa para inovar, como por exemplo as entregas por drones, que já é uma realidade quando se trata de movimentar mercadoria de um armazém para outro, respeitando algum limite geográfico, claro!

Porém, não falta muito para que essa modalidade seja expandida. Outra tendência também é recebermos nossas compras Online por um UBER, assim como já vemos grandes como a Amazon trabalhando com estoque de parceiros para agilizar o tempo de entrega, utilizando tecnologia simples que permite identificar o parceiro mais próximo à morada do cliente.

Empresas que estão atentas as tendências, inovam, crescem sua operação, tiram proveito de situações pontuais, como uma pandemia, por exemplo, e conseguem manterem-se firmes dentro da sua área de atuação. Mas tudo o que é tendência é para ser seguido? Essa é uma questão para ser muito bem avaliada e a resposta vai sempre depender de características próprias das organizações.

Por fim, todo esse desenvolvimento tecnológico oferece muitos desafios para todos os setores, porém penso que na área da logística e supply chain esses desafios são dobrados, principalmente quando o assunto é a logística sustentável, mas isso é assunto para outro artigo.

Fernanda Herculano, Business Manager | SAP Consultant