Um estudo da Keelvar sugere que mais de metade dos profissionais de procurement enfrenta risco de burnout. Pressões de redução de custos, interrupções, incertezas e choques económicos levam muitos profissionais da cadeia de abastecimento à beira do esgotamento.

O relatório, Voices of Sourcing 2023, publicado pela Keelvar, verificou que 91% das cadeias de abastecimento foram afetadas pela inflação, o que aumentou a pressão sobre as equipas de aprovisionamento para reduzir os custos e, em simultâneo, 86% dos inquiridos disse que em 2022 viu um aumento na sua carga de trabalho, com mais de metade (55%) a relatar níveis mais elevados de stress, burnout ou ambos.

Entre as principais conclusões do relatório destaca-se:

  • 72% afirmam que o crescimento da mão de obra continua a ser uma prioridade máxima;
  • 89% estão a apostar na automatização para reduzir o tempo gasto em tarefas manuais e repetitivas;
  • 22% das equipas estão a comprar fora das suas listas de fornecedores aprovados;
  • Quase metade (48%) diz que os custos dos fornecedores aumentaram 10% ou mais, com 62% a exercer pressão sobre os fornecedores para reduzir os custos;
  • 40% citam a automatização como elemento-chave para eliminar gastos desnecessários e controlar os custos.

 

A investigação da Keelvar explora questões que afetam os profissionais de procurement e sourcing, incluindo perturbações, automatização, sustentabilidade e risco.

O feedback veio de Chief Procurement Officers de áreas como retalho, produtos de grande consumo, produtos farmacêuticos, indústria automóvel, transporte e armazenamento, sendo que a maioria dos inquiridos trabalha para empresas orientadas pela cadeia de abastecimento e mais de 60% destas para grandes empresas.

“A instabilidade global e a inflação estão a colocar as equipas de procurement no centro da volatilidade”, diz Alan Holland, fundador e CEO da Keelvar. “É preciso dar. As organizações não podem continuar a reduzir o número de efetivos e os recursos e esperar que as suas cadeias de abastecimento e os seus resultados se mantenham intactos”.

“Em vez de cortar, as organizações líderes estão a investir na Inteligência Artificial, na automatização do fluxo de trabalho e noutras tecnologias emergentes para permitir às equipas existentes navegar no inesperado e serem mais produtivas”.

Alan Holland acrescenta ainda: “as equipas de procurement e sourcing tinham pouco pessoal antes do caos dos mercados. Os líderes devem investir nas suas pessoas e munir as suas equipas com tecnologia para automatizar tarefas e conduzir a melhores resultados. O futuro do trabalho será facilitado pela automação e impulsionado pelo investimento em pessoas, e as organizações que não conseguirem ver isto perderão talento e serão duramente atingidas quando o mercado mudar abruptamente”.