A Tesla Inc. terá de pagar mais pelo lítio que alimenta as baterias dos seus carros elétricos. Tudo porque o preço do mineral continua a subir e um fornecedor alterou as condições contratadas.

A Tesla poderá enfrentar custos de produção mais elevados após um fornecedor de lítio ter revisto o seu acordo com o fabricante de veículos elétricos, por forma a refletir os novos valores do lítio, face à crescente procura do mineral.

Numa declaração pública, a Piedmont Lithium Inc. esclareceu que o primeiro acordo entre as duas empresas aconteceu há mais de dois anos. Nessa altura, os preços do lítio estavam sempre baixos devido à pandemia, o que reduziu a procura de VE numa altura em que havia muita oferta.

Agora, ao abrigo da revisão do contrato, a Piedmont Lithium entregará 125.000 toneladas métricas de concentrado de lítio à Tesla, a partir da segunda metade de 2023. Os preços serão fixados no momento da expedição e em função dos valores de mercado do lítio, em vez de se utilizarem preços fixos como no acordo anterior.

Esta mudança nas condições de fornecimento é significativa porque normalmente a Tesla tem preços fixos para os materiais de que necessita para a produção das suas baterias. Contudo, nos últimos anos, o preço do lítio subiu 1,200% porque a oferta não tem sido capaz de acompanhar a procura. A BloombergNEF diz que o preço médio de um conjunto de baterias de iões de lítio subiu 7% em 2022.

Os preços do lítio dispararam durante o ano passado e os analistas esperam que se mantenham elevados em 2023, uma vez que a oferta continua reduzida e a procura não pára de aumentar.