A Sonae Sierra passará a gerir o património imobiliário dos CTT, no qual constam 410 imóveis de retalho e logística, avaliados em cerca de 134 milhões de euros.

Foi no dia 20 de junho que os CTT anunciaram a sua intenção de criar um veículo para deter e gerir os seus 410 imóveis de retalho e logística, avaliados em cerca de 134 milhões de euros, informando que estavam em “negociações exclusivas” com um co-investidor e no qual a operadora postal iria manter uma posição maioritária.

De acordo com o jornal ECO, apesar da entidade não ter sido revelada na altura, sabe-se agora que Sonae Sierra foi a empresa escolhida para gerir esse veículo. João Bento, o CEO da empresa, partilhou que o negócio deverá ser fechado antes ou durante a apresentação dos resultados trimestrais da mesma, que ocorrerá a 3 ou 4 de novembro.

Dos 410 ativos imobiliários, 400 fazem parte do “Portefólio de Rendimento”, composto por lojas situadas normalmente no centro das localidades e armazéns e centros de logística/distribuição dos CTT. Esta carteira, avaliada em 110 milhões de euros, representa uma área bruta locável de cerca de 240 mil metros quadrados e inclui ainda “potenciais oportunidades de expansão, nomeadamente na rede logística, em Portugal e Espanha”.

A empresa quer constituir uma estrutura destinada a maximizar o valor do “Portefólio de Rendimento”, através da otimização da sua gestão corrente, da melhoria da ocupação com captação de novos inquilinos, e da procura de oportunidades de micro-desenvolvimento nos casos em que se possa considerar que existam.

Os restantes dez imóveis fazem parte do “Portefólio de Desenvolvimento”, com uma avaliação de 24 milhões de euros. Estes estão localizados em áreas com potencial para projetos de desenvolvimento de uso misto e que podem vir a tornar-se, “num futuro próximo”, não essenciais para as redes de logística.