A APDL  vai gerir o terminal ferroviário de mercadorias de Leixões, à semelhança do que já acontece com o Terminal da Guarda. A decisão, aprovada ontem, dia 28, em Conselho de Ministros, confere a transmissão de competências da IP (Infraestruturas de Portugal) para a APDL.

Para Nuno Araújo, a integração do terminal na jurisdição da APDL “vai permitir aumentar o hinterland, aumentar a cota ferroviária, aumentar as mercadorias movimentadas pelo Porto de Leixões, aumentar as soluções para a cadeia logística (com ganhos evidentes tanto em rapidez como em competências), e diminuir a pegada ambiental, sendo este um importante contributo para a descarbonização da economia e cumprimento das metas que o país se propôs, tanto no que concerne à Estratégia para a Mobilidade Sustentável e Inteligente (da União Europeia) que prevê a duplicação do transporte ferroviário de mercadorias e triplicação do número de passageiros em alta velocidade, bem como em relação ao compromisso do âmbito do Roteiro para a Neutralidade Carbónica”.

O Presidente do Conselho de Administração da APDL considera a conexão entre o transporte marítimo e ferroviário decisiva para a eficiência
da resposta do Porto de Leixões aos seus clientes, “permitindo uma melhoria evidente dos processos, através da maior agilidade, simplificação e otimização da movimentação de carga de e para Leixões, e uma diminuição evidente das assimetrias do território”.

Para Nuno Araújo está criado mais um passo em linha com a estratégia da APDL, que prevê “o reforço da intermobilidade e o aumento da capacidade instalada das suas infraestruturas portuárias”.

Neste momento, em Leixões, um contentor que venha pela ferrovia para o transporte marítimo tem que sair da ferrovia, entrar na área urbana, e percorrer os 18 quilómetros que distam a entrada no Porto de Leixões. Agora, a gestão deste terminal, que acontecerá ao 1.º dia útil após decorrerem 6 meses da promulgação do diploma, vai permitir criar uma rede de ligação ao resto do país e a Europa.