No passado sábado ocorreu um incêndio na base logística do INEM, na Quinta do Lumiar, em Lisboa. O incêndio iniciou-se pelas 11h40 e as suas causas ainda estão sob investigação, tendo sido extinto pelas 12h20 com a intervenção de seis viaturas dos bombeiros e 20 operacionais.
Como resultado, ficaram destruídas quatro viaturas de particulares e uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER), que o INEM apontou ser de “reserva”, e como tal, não compromete a atividade ou a capacidade de resposta a emergências. Para além das viaturas, também uma tenda do INEM com material ficou danificada pelas chamas.
O Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa explica que “de acordo com o que foi já possível apurar, há registo de danos materiais em quatro viaturas particulares de profissionais do INEM, numa viatura reserva de emergência médica e reanimação, e numa tenda com material de suporte à atividade, mas que pode ser facilmente reposto, não comprometendo a capacidade de resposta do INEM”, e que as causas ainda não foram identificadas.
No decorrer do processo, já algumas organizações se manifestaram exigindo que a direção do INEM se demita, como é o caso do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-hospitalar, da associação dos técnicos de emergência, da associação de bombeiros e mesmo vários agentes de proteção civil.
À RTP, Rui Lázaro, presidente Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar, justifica esta posição, pois “trata-se das instalações onde o INEM guarda dezenas de viaturas de reserva, e a qualquer momento pode haver necessidade – e há –, diariamente, de entrarem ao serviço”.
Adicionalmente, o responsável do sindicato aponta que “o próprio hospital de campanha encontra-se nessas instalações. Existem também armazéns onde é guardado o vário material de reserva, como fármacos, incluindo mesmo oxigénio”.
“Trata-se de umas instalações que têm zonas de mato no seu interior, completamente inadmissível, não dispõe de um sistema de segurança contra incêndios minimamente eficaz e que se exige para umas instalações desta natureza”, reforça Rui Lázaro.