Os dez autarcas do Alto Minho reivindicam a construção de uma ponte sobre o rio Minho, entre Monção e Salvaterra (Galiza), como um dos investimentos determinantes para o desenvolvimento da região e da sua ligação a Espanha. Os responsáveis defendem ainda que este projeto, que representa um investimento de 115 milhões de euros para ligar a região à Plataforma Logística e Industrial de Salvaterra-As Neves (PLISAN), terá um futuro papel importante na economia, tornando-se, juntamente com outras obras reivindicadas, num “benefício económico de 120 milhões de euros no PIB da região, no período de 25 anos”.

Pedro Nuno Santos, ministro das infraestruturas, considerou ainda durante um encontro com os autarcas em Melgaço, que “as ligações transfronteiriças têm de ter um espaço de prioridade para aproveitar a ligação dos dois países”.

“A ponte está no grupo de investimentos em acessibilidades que a CIM Alto Minho aqui pede e parece-me importante que o país continue a investir nas ligações transfronteiriças. Esse é um dos investimentos mais importantes deste grupo. Temos de trabalhar e definir prioridades”, aponta ainda o ministro.

Para além da ponte, os autarcas reivindicam ainda um conjunto de investimentos beneficiações de traçados viários e construção de novos, tendo por base um estudo realizado pela CCDR-N, como:

  • A beneficiação da Estrada Nacional 202 entre Monção e Melgaço, com um custo de 30 milhões de euros;
  • Melhoria da Estrada Nacional 101 entre Valença e Monção, com custo estimado em 10 milhões de euros;
  • Melhoramento da ligação do IC28 entre Ponte da Barca e Lindoso (fronteira), no valor de 25 milhões de euros;
  • Prolongamento da A28 entre Caminha e Valença, num investimento estimado de 45 milhões de euros;
  • Variantes em Valença e em Monção, nos valores de 15 e 5 milhões, respetivamente;
  • Construção da ponte sobre o rio Minho, no valor de 115 milhões de euros.

Pedro Nuno Santos destaca que “a CIM Fez um bom trabalho com a CCDR-N e nós estamos disponíveis para analisar esse trabalho, sendo que estamos, ao mesmo tempo, conscientes que a capacidade de resposta orçamental do país não nos permite fazer tudo de uma vez”, e recorda que já se encontra em curso a ligação ferroviária Lisboa-Porto-Vigo, “um dos maiores projetos que o país vai ter nos próximos anos”, e que representará “uma grande oportunidade para toda a região norte e para o Alto Minho”, considera.

“O desafio que temos daqui para a frente é conseguirmos com a região estabelecer prioridades e ir avançando”, concluiu o ministro.