A Brookfield, gestora de fundos canadiana, em parceria com a espanhola Logistik Service, investiram cerca de 500 milhões de euros em ativos logísticos na Península Ibérica. O portefólio logístico que será desenvolvido inclui vários projetos em construção nas principais zonas de Portugal e Espanha, e terá aproximadamente 600.000 metros quadrados, segundo o Idealista e o site espanhol El Inmobiliario mes a mes.

A Brookfield será a acionista maioritária desta joint venture, e a Logistik Service ficará encarregue de gerir o portefólio.

Alberto Nin, vice-presidente sénior da empresa canadiana, refere que “nos últimos dois anos, a Brookfield acelerou o seu investimento em logística europeia e, hoje, o nosso portefólio europeu chega a mais de dois milhões de metros quadrados. Estamos entusiasmados em fazer parceria com a Logistik Service e partilhar a nossa experiência como investidor, desenvolvedor e operador de plataformas globais de propriedade industrial à medida que construímos a nossa presença logística na Península Ibérica”.

A Brookfield já detém ativos logísticos com mais de dois milhões de metros quadrados na Europa, onde tem sob gestão 40 mil milhões de dólares em ativos imobiliários.

Mercado imobiliário de olhos postos na Península Ibérica

Uma das conclusões do estudo ‘El futuro del sector del real estate en España’, desenvolvido pela espanhola Auxadi, revela que o mercado de investimento imobiliário ibérico poderá beneficiar, a curto prazo, da corrente guerra entre a Rússia e a Ucrânia, avança o Idealista. Segundo o estudo, devido à guerra, os fundos imobiliários já estão a travar as operações na Europa de Leste, considerando outras geografias como é o caso de Portugal e Espanha.

Apesar de o CEO da Auxadi, Víctor Salamanca, considerar que ainda é cedo para tirar conclusões, refere que “muitas das operações que estavam em andamento nas zonas mais próximas do conflito, como Polónia, Hungria, Eslováquia ou República Checa, estão paralisadas”. No entanto, acrescenta que “dado o grande volume de liquidez que existe no mercado, os fundos precisam de continuar a investir, pelo que é provável que os fluxos de investimento se desloquem para outros países menos expostos, como Espanha, Portugal, França e a região da América Latina”.

A maioria dos gestores entrevistados pela Auxadi crê que a recuperação do mercado imobiliário europeu ocorrerá nos próximos anos sendo que, as áreas da logística e industrial são as que poderão recuperar mais rápido.