São muitos os planos que a Bluepharma desenhou para o futuro. A ampliação das atuais instalações em São Martinho do Bispo, a construção de uma nova fábrica em Eiras e o lançamento do Bluepharma Park, que será o maior parque tecnológico do cluster farmacêutico a nível nacional estão no horizonte da farmacêutica para a próxima década. O seu presidente, Paulo Barradas Rebelo, contou-nos os pormenores.
Vamos então conhecer os projetos que a Bluepharma tem no horizonte e que em termos de investimento rondam os 200 milhões de euros.
Em São Martinho do Bispo as obras de ampliação iniciaram-se no primeiro semestre de 2021. Aqui, a logística terá uma área de cerca de 20% da unidade industrial que corresponderá, sensivelmente, a 1.500 metros quadrados. Já na fábrica de Eiras, que deverá estar pronta no final deste ano, a área alocada à logística é de cerca de 1.200 metros quadrados, sendo que “é mais pequena porque esta é uma unidade industrial state-of-the-art, para a produção de formas sólidas orais potentes, ou seja, são medicamentos produzidos em pequenas séries, mas com alto valor acrescentado”, afirma Paulo Barradas Rebelo. O presidente avançou também que a Bluepharma terá uma plataforma logística em Cernache, com cerca de 7.000 metros quadrados.
Estes investimentos em novos projetos resultam da visão da empresa em inovar, mas não é apenas em Portugal que esta visão assenta. Passa pela internacionalização. “Costumamos dizer que investimos para inovar, e inovamos para internacionalizar”, conta-nos, destacando que a consolidação das relações com empresas estrangeiras foi muito importante para atingir este objetivo, pois “Portugal é um país pequeno, e a Bluepharma só teria sucesso se tivesse a capacidade de vender lá fora”. Neste momento, a Bluepharma, tem relações comerciais com 230 clientes, em mais de 140 países.
Outro dos princípios a que Bluepharma se predispõe é acelerar a sua consolidação. “Nos próximos 10 anos temos de ter mais capacidade produtiva e mais medicamentos para vender. Não vamos perder de vista a investigação e desenvolvimento porque acreditamos que é o futuro”, garante o presidente.
Enquanto parte integrante do sector da saúde, a Bluepharma, como tantas outras empresas da indústria farmacêutica, teve um papel determinante durante a pandemia, nomeadamente nos meses de confinamento, no abastecimento de medicamentos à população.
Durante este período, a empresa teve três preocupações maiores. A primeira foi salvaguardar a saúde dos funcionários. “Andámos sempre à frente das decisões políticas, o que nos deu uma grande vantagem, que foi a confiança de todos os trabalhadores porque estávamos a tomar decisões que viriam a ser regulamentadas pelo poder político”, lembra Paulo Barradas Rebelo. A segunda preocupação foi não fechar os processos. “Não podíamos deixar de chegar com os medicamentos a quem deles precisavam. Os medicamentos são produtos essenciais, e por isso nunca parámos de produzir”, refere. A terceira prendeu-se com as cadeias de abastecimento, nomeadamente com a possibilidade de pararem por falta de matéria-prima e também pelo risco de os equipamentos industriais recentemente adquiridos sofrerem atrasos. “Felizmente, mas com custos acrescidos, conseguimos que nunca nos faltasse matéria-prima para produzir, nunca falhámos com o abastecimento de medicamentos ao mercado.”
Pode ler a entrevista completa na SCMedia News 25.