O Plano Municipal de Logística Urbana Sustentável do Porto, que visa, durante três anos, reduzir a poluição originada pelo tráfego de veículos associados ao sector da logística, foi discutido hoje, segunda-feira, na Câmara da cidade.
De acordo com a proposta que será discutida na reunião à qual a Lusa teve acesso, a maioria municipal refere que os Planos de Logística Urbana Sustentável (PLUS) se apresentam como instrumentos de elevado valor acrescentado perante o sector do transporte de mercadoria e logística, que “raramente está sujeito a regulamentação”.
Segundo a autarquia, o sector dos transportes é responsável por cerca de 27% das emissões de gases estufa, e a logística urbana por quase 25% das emissões de dióxido de carbono, bem como por 30 a 50% das emissões dos óxidos de nitrogénio em particular em meio urbano.
O PLUS, que tem como objectivo diminuir a poluição associada à logística urbana e as emissões de CO2 através do aumento da eficiência das operações de cargas e descargas, pretende ainda mitigar constrangimentos à mobilidade causados pelas operações e circulação de veículos de transporte de mercadorias e prestação de serviços.
O plano será materializado através da concretização de 10 acções organizadas por três categorias: adaptação do ambiente construído, através da materialização de lugares/bolsas de carga e descarga; regulamentos e incentivos, ou seja, a criação de condições para a melhoria da eficácia da fiscalização; e gestão operacional, nomeadamente através da melhoria da interacção com os stakeholders e do apoio à instalação de equipamentos e infraestruturas dedicadas à logística urbana e respectiva monitorização.