A B. Prime apresenta no seu primeiro estudo temático sobre o sector da logística tendências futuras no que diz respeito à rede de transportes, sustentabilidade, competitividade das entregas e e-commerce, com base noutras realidades europeias. Uma das conclusões do documento aponta para a procura adicional de armazéns, na ordem dos 16.7 milhões de m2, que deverá fazer sentir-se na Europa ocidental.
A pandemia expôs a importância da logística na forma como esta garantiu o funcionamento da sociedade e a operacionalidade dos diferentes sectores de actividade. A logística fez a ponte entre os sucessivos confinamentos e o comércio on-line, pelo que na vertente imobiliária esse destaque também se fez sentir, traduzindo-se no interesse de vários investidores neste tipo de activos, caracterizados por terem inquilinos com contratos mais duradouros e que por isso trazem maior segurança.
O estudo da B. Prime, para além de várias outras conclusões, aponta para que só a Europa ocidental deverá ser responsável por 17.8% da totalidade do volume do comércio electrónico. Assumindo como medida standard que por cada mil milhões de compras feitas on-line, são necessários mais 75.000 m2 de espaço, isso significa que haverá a necessidade adicional de mais 16.7 milhões de m2 de armazéns, nesta parte da Europa, o que vem demonstrar a enorme potencialidade deste segmento do imobiliário.
Por norma ilustrado por armazéns, este segmento do imobiliário industrial agrega toda uma cadeia logística suportada por transportadores rodoviários, ferroviários, terminais portuários, logísticos e transportadoras aéreas, componentes que são abordadas neste estudo da B. Prime, para um melhor entendimento desta indústria. Este trabalho, intitulado Prime Mile é o primeiro com uma abrangência desta natureza.
Jorge Bota, managing partner da B. Prime salienta que a empresa trabalha o segmento logístico há três anos e “desde essa altura sabemos da necessidade por parte dos principais investidores que acompanhamos em obter informação sobre este sector, que é bastante escassa. A pandemia limitou-se a tornar ainda mais urgente esta carência de dados e por isso decidimos colmatar essa falha. Por ser uma primeira edição, quisemos dar uma abrangência macro sobre toda uma indústria, que não se resume unicamente a armazéns e que será certamente do interesse de todos. Fizemos igualmente um levantamento do que de melhor se faz na Europa, para conseguirmos retratar o que poderá ser feito em Portugal, num futuro próximo.”