O Estado brasileiro de Minas Gerais está à procura de novas oportunidades para investir na Europa, vendo Portugal como uma oportunidade de expansão internacional.

Minas Gerais abriga polos industriais, instituições de ensino e uma gama de prestadores de serviços do segmento, e mostra-se cada vez mais preparado tanto para atrair investimentos como para exportar competências e produtos de empresas da região.

Na semana passada empresas e instituições mineiras e de Portugal juntaram-se no webinar Oportunidades Portugal & Minas Gerais em Ciências da Vida para debater novas oportunidades entre os dois países. Durante a abertura do evento, Paulo Brant, vice-governador de Minas Gerais, destacou a força que o sector tem no Estado: “são dois temas de extrema importância: startups – pela revitalização do sistema de mercado que o sector propicia; e ciências da vida – pelos benefícios à vida que traz. Minas Gerais se destaca nos dois assuntos, uma vez que possui um ecossistema de startups muito forte em diversas regiões e um leque de opções na área da saúde”.

Por sua vez, o director de Atracção de Investimentos para Cadeias Produtivas da Agência de Promoção de Investimentos e Comércio Exterior de Minas Gerais (Indi), João Paulo Braga, apresentou como potencialidades do Estado para atrair e fazer negócios o seu posicionamento logístico, fácil acesso ao mercado consumidor, custos competitivos, alta qualificação de mão-de-obra e uma base empresarial pujante e em crescimento.

Do lado português, Carlos Carreiras, presidente da Câmara Municipal de Cascais, evidenciou o interesse e os benefícios que as oportunidades de negócios entre os países, através de Minas Gerais, poderão desencadear.

Entre as vantagens possíveis, o autarca destaca a possibilidade de entrar no mercado europeu através de Portugal, bem como o reforço de relação com outros países, bem como outras oportunidades a ser exploradas. Para as empresas instaladas em Portugal, também existe a possibilidade de investirem no Estado brasileiro, defendendo que “temos várias empresas com capacidade de capitalização e, sobretudo, convergentes na cultura, nas formas de pensar e fazer negócios”.

Carlos Carreiras também comenta que este relacionamento irá reforçar os laços entre os países e transformar raízes culturais e de identidade em forças de desenvolvimento em relação ao futuro. “Vamos identificar oportunidades em Portugal e em Minas Gerais para desenvolver um trabalho em conjunto”, conclui.