O e-commerce veio para ficar e a pandemia apenas acelerou esta tendência nos hábitos de consumo dos portugueses. Entre 1 de Novembro, data em que se iniciou o período de promoções das marcas com uma Black Friday antecipada, e 11 de Dezembro, “a Garland viu o número de expedições de e-commerce aumentar 143% face aos dois meses anteriores (sem promoções) e 125% face ao mesmo período do ano passado. Durante este período de 2020, foram efetuadas 12.500 expedições, sendo os bens dos setores alimentar e têxtil os preferenciais dos portugueses”, salienta o operador logístico num comunicado de imprensa. Este é um crescimento que a empresa portuguesa prevê que venha a acentuar-se até final de Fevereiro, com as encomendas de Natal e durante os saldos.

A tendência ascendente é mais acentuada quando falamos de artigos de moda, em que, no período de promoções, o número de expedições aumentou 161% face aos dois meses anteriores (sem promoções) e 129% por comparação com igual período de 2019.

A totalidade das expedições de bens alimentares registadas no último mês e meio tiveram o mercado interno como destino, metade das quais para a região de Lisboa e Vale do Tejo. Por sua vez, os artigos têxteis destinaram-se a Portugal (66%) e países como China (4%), Estados Unidos (4%) ou Reino Unido (3%).

As operações logísticas no período de promoções deste ano, apesar de mais intensas, o que implicou o reforço da equipa em mais de uma dezena de pessoas na equipa de e-commerce da Garland, exigiram precauções acrescidas, nomeadamente, alterações operacionais para reduzir o risco de contágio de COVID-19, segundo o Plano de Contingência da empresa, implicando regras de higienização, desfasamento de turnos e circulações, distanciamento e uso de máscara. De forma a garantir continuidade das operações em caso de infecção, foram criadas células de trabalho, contemplando separação física de colaboradores em termos sociais e criação de planos de contingência com hierarquias de rendição das células.

 

Garland aumenta capacidade
e investe no Norte

Em apenas quatro anos, a Garland aumentou de 6.000 m2 para 20.400 m2 a área dedicada à logística do comércio electrónico, transformando-se num dos principais players nacionais no negócio. A aposta na expansão de infra-estruturas dedicadas a este segmento de mercado acompanha o crescimento do volume de negócios que a empresa regista nesta actividade. Em 2019, a Garland Logística facturou mais 85% relativos a operações de comércio electrónico face ao ano anterior.

Actualmente, o operador logístico dispõe de 20.400 mdedicados exclusivamente a actividades logísticas de e-commerce, distribuídos por Cascais, Aveiro, Vila Nova de Gaia e Maia, localidades em que a empresa tem instalados seis centros logísticos, num total de 85.000 m2 de área operacional. Com uma carteira de clientes, em que predominam marcas líderes em moda, entre as quais a Farfetch (desde 2017), a pandemia veio diversificar os sectores de actividade a que a Garland presta serviços neste âmbito, passando a integrar também marcas da área alimentar.

Antecipando o crescimento que o comércio electrónico terá, a Garland viu já “aprovados investimentos significativos, estando projectada para breve a abertura de um novo centro logístico na zona Norte de Portugal”, avança Ricardo Sousa Costa, administrador do Grupo Garland, responsável pelo negócio da logística.